A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) promove na próxima segunda-feira (16) uma mesa redonda sobre o tema 'Dez Anos de Políticas Afirmativas nas Instituições de Ensino Superior Brasileiras'. Aberto ao público, o evento tem o objetivo de avaliar avanços e entraves ainda existentes para a expansão e consolidação das ações afirmativas nas universidades públicas brasileiras. As atividades serão desenvolvidas no auditório 1, módulo 1º, a partir das 14h.
A programação prevê abertura pelo professor Genival Corrêa de Souza, vice-reitor e membro da Comissão de Ações Afirmativas da Uefs. Às 14h40 será realizada a mesa redonda 'Dez Anos de Políticas Afirmativas', com palestras proferidas pelos professores Flavio Gonçalves, da Uesc, e Otto Vinicius Agra Figueiredo, chefe da Unidade de Organização e Desenvolvimento Comunitário da Uefs, além de Jacques Depelchin, pesquisador em História da África. Às 15h haverá debate.
As primeiras políticas de ações afirmativas foram implementadas no Brasil a partir de 2001 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Universidade Estadual Norte Fluminense (Uenf). No ano seguinte, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) implementou ações afirmativas reservando 40% das vagas para estudantes negros oriundos de escola pública na graduação e pós-graduação.
A Uefs implantou a política de ações afirmativas em 2007, estabelecendo a meta de que no mínimo 50% das vagas dos cursos de graduação deveriam ser ocupadas por estudantes que fizeram todo o ensino médio e pelo menos dois anos do ensino fundamental II em escolas públicas. Dentro desse percentual, 80% são destinadas a candidatos autodeclarados negros e 20% para não negros.
Além disso, reservam-se ainda duas vagas a mais nos cursos de graduação para candidatos indígenas (aldeiados e atestados pela Funai) e/ou quilombolas (de remanescentes de quilombos reconhecidos pela Fundação Palmares).
