Orisa Gomes
Mensagens de texto e áudio que circulam através do WhatsApp com supostas ameaças de ataques a escolas públicas têm preocupado pais e estudantes na Bahia. Em Feira de Santana, algumas pessoas procuraram o Acorda Cidade por estarem receosas de manter a rotina escolar dos filhos.
Para tentar esclarecer a situação, entramos em contato com a Secretaria de Educação, através Núcleo Territorial de Educação (NTE), que em nota informa que está vigilante e reforçou sua atenção às denúncias e fake news que estão circulando no estado, repetindo um movimento que acontece em todo o país, a partir do atentado em Suzano, na grande São Paulo.
Foto: Reprodução
A secretaria informa também que estas ocorrências estão sendo investigadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e alerta que criar ou disseminar fake news é crime e todos os responsabilizados serão devidamente punidos.
Ainda em nota, a secretaria afirma que as escolas continuarão funcionando normalmente e há um trabalho permanente sendo realizado nas unidades da capital e do interior do estado, no sentido de prevenir qualquer tipo de ocorrência.
Investigação
A SSP informou por meio de nota que o Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos (GME) da Polícia Civil da Bahia participa da investigação dos casos. O coordenador do GME, delegado João Cavadas, explica que “a Polícia Civil, preocupada com esses acontecimentos, já disciplinou uma multitarefa de investigação para esses crimes, no interior e na capital. O GME dará subsídios, identificando as pessoas que não somente confeccionaram o material, como também aquelas que fazem a replicação através de grupos de mensagens. Todas elas serão indiciadas pelo crime que vier a ser identificado e responderão judicialmente por esse fato”.
Ainda de acordo com a SSP, a Polícia Militar atua de maneira ostensiva, indo aos locais onde são relatadas as ameaças. “Tão logo essas mensagens chegam ao conhecimento da PM, mesmo entendendo que se tratam de mensagens que têm o objetivo de desestabilizar uma comunidade, unidades operacionais são direcionadas para atuar preventivamente, sobretudo nas proximidades das escolas, de uma forma geral e em todo o estado. Quem está disseminando esse tipo de conteúdo é um criminoso, que será responsabilizado por este delito”, informa o porta-voz da PMBA, capitão Bruno Ramos.