Educação

Mães de alunos do bairro Asa Branca reclamam de dificuldades para matricular os filhos

Desde domingo (20), as mães fazem fila em frente à escola para tentar matricular os filhos.

Rachel Pinto e Ney Silva

As mães de estudantes que moram no bairro Asa Branca em Feira de Santana, especialmente nos condomínios do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) não estão conseguindo vagas na Escola Municipal Antônio Alves Oliveira. Na manhã desta segunda feira (21), um grupo de mães fez um protesto em frente à escola para reivindicar mais vagas para os alunos do bairro e atenção para a educação.

Elaine Gleice Coutinho contou que desde o domingo (20) estava na fila para tentar matricular o filho. Segundo ela, hoje, quando o portão da escola foi aberto, as mães de alunos foram informadas que as vagas já haviam sido esgotadas.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Há três anos os moradores dos residenciais vizinhos tentam vaga nessa escola e não conseguem. A demanda no bairro cresceu bastante e não resolveram o problema das vagas. Quando criaram os residenciais aqui não pensaram na educação dos alunos, não pensaram na educação das crianças. Acontece que a gente fica aqui à mercê e em três anos seguidos batendo na porta da escola. Ninguém dá uma explicação à gente. Estamos em busca do nosso direito de ter educação”, explicou.

Ela acrescentou ainda que não conseguiu matricular os filhos de 12 e 13 anos e que só no residencial Asa Branca há 996 moradias. Devido à falta de vagas alguns alunos vão estudar em outros bairros e até morar na casa de parentes.

Izamara dos Santos Brito afirmou que só serão aceitos na Escola Municipal Antônio Alves Oliveira os alunos que completarão 15 anos até o dia 31 de março. Ela relatou que a unidade escolar mais próxima da Escola Municipal Antônio Alves Oliveira é o Colegio Estadual Edith Machado Boaventura.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Temos muitas dificuldades e ainda assim o Edith é muito distante. Até o transporte que tinha disseram que essa ano só vai até o Edith. Assim fica difícil para as famílias que moram nos condomínios. Não tem nem escola estadual, nem municipal para atender à comunidade”, frisou.

Elizete Ferreira Pires informou que mora no bairro Asa Branca há 27 anos e este ano está tentando matricular a neta sem sucesso. “Eu não tenho condições de mantê-la na escola particular esse ano. Não tem vaga no ensino fundamental 2", lamentou.

O vice-diretor da Escola Municipal Antonio Alves Oliveira, professor Flávio Cardoso, declarou que hoje pela manhã só haviam disponíveis 140 vagas para alunos que não são da casa. As turmas de 2019 foram preenchidas com os alunos da casa e na opinião dele o bairro Asa Branca precisa de outra escola principalmente porque em virtude dos condomínios do MCMV a população do local aumentou.

“Temos 13 salas, em média 1.250 alunos distribuídos nos três turnos. É muita gente e temos que ter a capacidade humana para que os alunos tenham uma educação de qualidade. Não adianta a gente superlotar as salas e os alunos ficarem sem qualidade na educação”, concluiu.

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