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A Língua Brasileira de Sinais (Libras) pode se tornar disciplina obrigatória nas escolas públicas. A ideia, que chegou ao Senado por meio do Portal e-Cidadania, se transformou numa Sugestão Legislativa e pode virar um projeto de lei para ser votado pelos senadores.
Quem apresentou a sugestão foi a pedagoga Marilei Monteiro, moradora de São Paulo, que tem uma filha surda. Em menos de quatro meses, ela recebeu mais de 20 mil apoios.
Segundo o especialista em Libras, Marcos de Brito, a ideia de trazer o curso de Libras para as escolas públicas é muito boa, mas faltaria professores qualificados para lecionar em todo o país.
“A Língua Brasileira de Sinais nas escolas públicas, como uma disciplina, é muito interessante. O único problema que a gente observa é que nós ainda não temos professores suficientes no Brasil para atender as escolas como uma disciplina obrigatória. Ao meu ver, deveria ser realmente uma disciplina optativa, porque os cursos de Libras licenciatura foram aprovados há pouco tempo no Brasil. Então os estados estão, hoje, estão na sua terceira turma. E nem todos os que terminam tem interesse em dar aula de Libras. Esta é a questão.”
A relatora desta Sugestão Legislativa na Comissão de Direitos Humanos é a senadora Ana Amélia. Segundo ela, a Língua Brasileira de Sinais tem um valor de inclusão e, por isto, ela deseja trabalhar intensamente para aprová-la no Senado.