Os professores da rede estadual de ensino estão em greve há 61 dias e o impasse entre o governo do estado e a categoria, continua. Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta segunda-feira (11), o secretário de comunicação, Robinson Almeida, disse que a greve perdura por “falta de sensibilidade e intransigência do sindicato”.
Para Robinson a greve é abusiva e os professores estão transformando a raiva e indignação em punição para os estudantes.
“Ninguém ganha tudo o que quer. A categoria estabelece um valor e, a partir daí, para em um ponto que a outra parte pode pagar”.
Proposta – Sobre a proposta que o governo fez para a categoria na última segunda-feira (4), ele criticou a demora dos professores em fazer uma avaliação.
“Eles decidiram fazer uma assembleia, uma semana depois da proposta. Desse jeito, pode ser que a greve ultrapasse o São João”.
Pagamento – Robinson Almeida informou que o pagamento dos dias cortados só será feito mediante apresentação do calendário de reposição das aulas.
A professora Marlede Oliveira, diretora da regional Sertão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), contestou as colocações do secretário. Ela disse que no mesmo dia que o governo encaminhou a proposta, ela foi avaliada e rejeitada. “Então, nós elaboramos outra proposta e vamos repassar para a categoria amanhã”.
Contra-proposta – Segundo Marlede, a categoria vai propor que os “22% sejam parcelados esse ano, pois em 2013 já temos um novo piso". A proposta do governo é pagar as parcelas até abril de 2013.