Roberta Costa
Greve
Greve dos professores da rede estadual chega ao 26º dia
Em greve desde o dia 11, os professores pedem o pagamento do piso salarial definido pelo Ministério da Educação (Mec), de R$ 1451,00 (aumento de 22,22%), que deveria ser pago desde janeiro.
Os professores da Rede Estadual entraram em greve por tempo indeterminado no dia 11 de abril. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral, realizada em Salvador com a participação de professores de várias cidades baianas.
Em entrevista ao Acorda Cidade a diretora da APLB Sindicado, Indiacira Boaventura, informou que a categoria espera do Governo do Estado, o pagamento do piso salarial definido pelo Ministério da Educação (Mec), de R$ 1451,00 (aumento de 22,22%), que deveria ser pago desde janeiro.
No dia 13 de abril, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, Ricardo D’ Ávila, decretou que a greve é ilegal. A liminar pleiteada pelo Governo do Estado da Bahia, através da Procuradoria Geral do Estado, determinou a suspensão da greve e o retorno imediato dos professores, sob pena de multa diária no valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), até o efetivo cumprimento da decisão.
Mas, mesmo com essa decisão, a greve continuou e chega hoje, domingo (6), ao seu 26º dia. O deputado estadual e líder do governo, Zé Neto, disse que o governo respeita a greve, mas que existem algumas dificuldades de interpretação relacionadas ao acordo.
Segundo ele, se o governo for pagar os 22% para toda a categoria, inicialmente, o custo será de mais de 520 milhões de reais por ano.
CORTE DE PONTO – A Secretaria de Educação do Estado da Bahia enviou, no dia 18 de abril, um comunicado, para as 33 diretorias regionais, na capital e no interior do estado, solicitando a folha de ponto dos professores estaduais durante o período da greve.
REAJUSTE – No dia 25 de abril, foi aprovado o reajuste para parte dos professores da rede estadual de ensino depois de quase dez horas de votação no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. Os 35 deputados da base aliada do governo votaram a favor do reajuste para a categoria. Houve 19 votos contra e três abstenções.
ANO LETIVO – De acordo com o professor Germano Barreto, presidente da APLB Sindicato, a categoria reivindicará o pagamento dos salários cortados, sob pena de não repor as aulas e de não finalizar o ano letivo.
“Vamos continuar a greve e corre o risco do ano letivo não ser concluído neste ano na Bahia, pela primeira vez.
Porque se o governador descontou e não devolver ainda neste mês, não vamos repor as aulas. Então os alunos vão ficar sem esse conteúdo, por conta desta quantidade de aulas perdidas”, afirmou.
Germano Barreto disse que a categoria não abrirá mão dos seus direitos. “Peço que o deputado abra as portas para o diálogo com o governo. Não dá para exigir a volta ao trabalho. Ou um governo é democrático ou não é, não dá para enganar mais. O projeto de Lei que tá aí, que queremos mudar, está acabando com a carreira de magistério”.
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