Roberta Costa
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Na manhã desta sexta-feira (4), o deputado estadual Zé Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa, realizou uma audiência pública no distrito de Maria Quitéria para discutir as ações relacionadas ao fortalecimento e ampliação da rede de abastecimento de água para a região norte do município de Feira de Santana.
Chegando lá, ele foi recepcionado por professores da rede estadual, que estão em greve desde o dia 11 de abril. Antes do começo da audiência sobre a água, Zé Neto, conversou com os professores, liderados por Germano Barreto, presidente da APLB.
O deputado disse que não discorda da legitimidade da greve, mas confirmou que o governo não tem condições de atender todas as reivindicações da categoria.
“A gente pegou uma classe que ganhava abaixo do salário mínimo. Nunca sentei, na época de oposição, com um secretário para conversar. Meu sonho e o sonho do governador (Jaques Wagner) continua o mesmo. Fico angustiado de não poder resolver o problema, mas o Estado não tem condições de pagar os 22%”, disse Zé Neto. O deputado falou ainda que a Bahia possui o 6º maior salário do Brasil, em termos médios.
Germano Barreto disse que a categoria não abrirá mão dos seus direitos. “Peço que o deputado abra as portas para o diálogo com o governo. Não dá para exigir a volta ao trabalho. Ou um governo é democrático ou não é, não dá para enganar mais. O projeto de Lei que tá aí, que queremos mudar, está acabando com a carreira de magistério”.
Vaias – Durante um discurso na Assembleia, os professores viraram as costas para o deputado Zé Neto. Sobre o fato, ele disse que “foi um momento muito triste, pois sempre batalhei pela categoria, mas faz parte do jogo”. As informações são do repórter Ed Santos, do Acorda Cidade.
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