Educação

Governo faz proposta de atividades remotas e pode garantir salário integral dos professores

Os professores vão se reunir para decidir se aceitam ou não a proposta da prefeitura.

Rachel Pinto

Em um encontro na tarde de quarta-feira (26) na Procuradoria Geral do Município de Feira de Santana, a prefeitura deixou uma proposta, sugerindo atividades remotas obrigatórias para garantir o salário integral dos professores da rede municipal de ensino. Participaram desse encontro o procurador geral do município e advogado Moura Pinho, o secretário de educação Marcelo Neves, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação e uma comissão de professores.

A professora Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), relatou ao Acorda Cidade que os professores receberam a proposta da prefeitura e que a categoria vai discuti-la. Segundo ela, a folha de pagamento do mês de agosto também sofrerá cortes.

“A proposta sugere atividades remotas através da internet para as crianças em casa e aqueles que não tiverem que não tiverem a secretaria dará condições para que o aluno participe. Nós vamos ver com a categoria para dar uma resposta ao governo. O governo informa que a categoria aceitando essa proposta pode continuar com a integralidade do salário que vinha sendo feita até o mês de março. Em abril houve o corte e no mês de julho conquistamos o pagamento integral através de uma ação judicial. Mas, isso aqui é uma negociação entre o governo e os trabalhadores para que a gente aceite e volte a normalidade dos salários, porque deixou os professores pavorosos, além da doença do covid, a doença agora é do bolso, está doendo no bolso”, disse a sindicalista.

Marlede frisou ainda que durante a pandemia muitos professores estão realizando as atividades remotas, porém sem obrigatoriedade. Se caso a categoria aceitar a proposta do governo, as atividades remotas passarão a ser exigência.

Muitos estavam com as atividades remotas. Estão ocorrendo atividades remotas na rede municipal, mas não é obrigatório. O próprio secretário já disse aí para a imprensa que tem estudante que nem tem energia na casa, não tem internet, não tem computador, então não é culpa do professor. É a condição de cada família, das famílias carentes que têm dificuldade ao acesso aos meios de comunicação”, observou

O secretário municipal de educação Marcelo Neves afirmou que o objetivo é sempre manter o diálogo de forma a tentar resolver as questões e os assuntos referentes a rede municipal de educação.

“Foi uma reunião que o procurador Moura Pinho presidiu com muito inteligência, com muita sabedoria mostrando inclusive a situação do município, a situação do processo judicial e eu tenho certeza que com bom diálogo a gente consegue resolver todos os assuntos. Acredito que havendo uma possibilidade jurídica será pago o salário integral do mês de agosto e é isso que a procuradoria vai encaminhar e havendo um entendimento entre as partes, eu acredito que seja possível. Ainda não posso afirmar isso porque é uma conversa que está sendo tratada pela procuradoria do município”, relatou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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