Educação

Governo do Estado lança revista em quadrinhos sobre combate ao racismo e incentivo à ciência

Para a secretária em exercício da Secti, Mara Souza, “a questão da representatividade de ver o jovem pensando, discutindo, questionando e entendendo como é possível sair da escola e entrar no mundo científico a partir de sua própria curiosidade é muito interessante

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Arte e educação se unem no combate ao racismo e no incentivo à ciência. Como parte das celebrações do Mês da História Negra nos Estados Unidos, as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), da Educação (Sec) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) lançaram a revista em quadrinhos “Entrevistas além do tempo” nesta segunda-feira (21), com transmissão pelo canal da Secti no Youtube.

A HQ, voltada para estudantes baianos, principalmente os de escolas públicas, tem como foco a popularização da ciência e busca prevenir o racismo estrutural, que dificulta o acesso de jovens negros às carreiras científicas. A narrativa acompanha três jovens, Miguel, Júlia e Arthur, que encontram a Rebô, uma personagem que vai construir uma máquina do tempo e os convida para um teste. Nesta jornada, eles conversam com diversos cientistas, inventores, bioquímicos, dentre outros.

Dois personagens da HQ, Alan Brito e Eliade Lima, são pessoas reais e participaram do lançamento. Alan é professor de física e diretor-substituto do Observatório Astronômico. Já Eliade é coordenadora do Projeto Energéticas, do grupo do Pampae. Ambos são baianos e estudaram em escolas públicas. A HQ foi escrita pelo professor e pedagogo Carlos Teixeira.

“Vamos dar esse mergulho nessa revista em quadrinhos que de maneira leve, de maneira criativa, nos convida, através das trajetórias de cientistas negros e negras do nosso Brasil, a conhecermos essas experiências e, sem dúvida, fortalecer esse estímulo aos nossos estudantes”, destacou a secretária da Sepromi, Fábya Reis.

Para a secretária em exercício da Secti, Mara Souza, “a questão da representatividade de ver o jovem pensando, discutindo, questionando e entendendo como é possível sair da escola e entrar no mundo científico a partir de sua própria curiosidade é muito interessante. A revista nos ajuda muito na divulgação dos temas, porque uma de nossas metas é atrair, cada vez mais, jovens para se tornarem cientistas baianos”.

O professor e pedagogo Carlos Teixeira explicou que “estudos revelam um grande desconhecimento a respeito de quem são as pessoas que fazem a ciência no Brasil, quem são os cientistas. E de uma maneira mais específica, existe um desconhecimento ainda maior a respeito de homens e mulheres e negros que contribuem para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil. Então, essa revista tem a finalidade de mostrar a contribuição dos negros dentro do contexto do desenvolvimento, da contribuição para o desenvolvimento da ciência no Brasil”. A revista pode ser encontrada no site claraciencia.org e no Portal Educapes.

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