Acorda Cidade
Ter conhecimento sobre assuntos como alterações no corpo, algumas hormonais e inerentes à adolescência, consequentes de uma gravidez nesta fase da vida, é um direito de jovens e adolescentes. Com base nesta premissa, 31 professores e professoras formadoras da Secretaria de Educação participaram de uma capacitação oferecida por profissionais que atuam no programa Saúde na Escola, iniciativa do governo federal, na manhã de quarta-feira (11).
A articulação entre as secretarias municipais de Educação e Saúde é parte da lista de atribuições a que os municípios devem se ater para concorrer ao Selo Unicef 2017-2020. Os formadores da Seduc serão responsáveis por compartilhar estes conhecimentos com os professores que atuam em sala de aula.
O selo é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, que busca estimular e reconhecer avanços reais e positivos na promoção, realização e garantia dos direitos de crianças e adolescentes em municípios do semiárido e da Amazônia legal brasileira.
“Queremos capacitar os professores e gestores sobre alterações hormonais nos jovens, métodos contraceptivos, IST’s, sinais e sintomas apresentados por uma criança ou adolescente vítima de violência sexual, entre outros aspectos, para que esses educadores consigam orientá-los e encaminhá-los corretamente para a rede de Saúde”, explica Nancy Oliveira, enfermeira de referência técnica do programa Saúde na Escola, do setor de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde.
Ela pontua que é preciso fazer um levantamento acerca desses conhecimentos e preencher as lacunas. “A exemplo da gravidez na adolescência: ela não é ideal para a esta fase por ser um período de crescimento; existem consequências emocionais, psicossociais, financeiras na vida de uma jovem nesta idade. É direito dela saber sobre métodos contraceptivos, conseguir identificar alterações corporais, etc”, explica a enfermeira.
Como educação sexual é um assunto que ainda gera ruídos, o cuidado ao tratar do tema também foi abordado durante a formação. “Os professores que estão na escola diariamente conhecem melhor os alunos. Eles podem e devem verificar a melhor forma de falar sobre isso com eles e com elas”, orienta.
Luscilla Lima, chefe da Divisão de Planejamento e Técnicas Pedagógicas da Seduc, foi a responsável pela organização da formação. Ela reforça que obter a certificação do selo é muito importante para Feira de Santana. “É um reconhecimento internacional. Se uma empresa multinacional deseja apoiar algum projeto social, ela vai priorizar a cidade que já tem o selo, pois sabe do seu engajamento e do desenvolvimento das políticas públicas para a criança”.
As informações são da Secretaria Municipal de Comunicação