A tradicional Feira de Livros Usados de Feira de Santana, realizada no estacionamento da Prefeitura Municipal, está chegando à reta final. O evento, que começou no dia 6 de janeiro, encerra suas atividades no próximo dia 1º de março.
Ao longo dos anos, a feira tem sido uma oportunidade para pais e responsáveis adquirirem livros didáticos e paradidáticos a preços mais acessíveis, garantindo economia de até 50% em relação ao preço dos exemplares novos. Apesar da economia proposta pela feira, vendedores relataram ao Acorda Cidade que o movimento deste ano está menor do que em edições anteriores.
Segundo Glauber Lira, um dos coordenadores da feira, a associação que organiza o espaço já contou com até 21 colaboradores, mas atualmente só conta com 13.
“Eu até aproveito para convocar os pais e responsáveis a aparecer aqui para fazer a economia na compra dos livros”, disse Glauber.
Um dos motivos para o baixo movimento este ano pode ter sido o avanço da tecnologia também dentro das salas de aulas. Para Glauber, isso tem impactado diretamente no consumo de livros físicos.
“Você tem os livros digitais, as plataformas, os sistemas de ensino. O livro físico não vai morrer, mas ele andou perdendo e está perdendo espaço, muito embora, ele é imortal. O livro físico vai perdendo essa concepção. Mas ainda tem escolas que adotam o livro físico”, pontuou.
Ainda assim, a feira continua sendo um ponto de encontro para amantes da leitura e um espaço importante para quem deseja economizar logo neste início de ano, que pode haver muitos gastos com a volta as aulas.
Os valores variam de acordo com os livros, mas segundo Glauber, vale muito a pena, já que os preços saem muito mais em conta do que comprar livros novos. Além disso, apesar de serem reutilizados, os livros sempre estão em boas condições. “No mínimo 50% em relação ao preço do novo”.
Para a vendedora Renice Soares que já tem experiência na venda dos livros usados, essa é uma oportunidade de garantir uma renda extra.
“Deu para ganhar, não deu para pagar um carro e uma casa, mas deu. O importante daqui é o que Deus fez com a gente, não deu mais uma oportunidade, tem alguns colegas que não vieram, uns porque já não está mais aqui, faleceram, outros não puderam vir, mas está tudo em paz. O pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada”.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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