O Acorda Cidade conversou com três estudantes do Instituto de Educação de Tempo Integral Gastão Guimarães, em Feira de Santana, para saber quais foram os fatores que contribuíram para que eles alcançassem notas na casa dos 900 pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Os estudantes Ádna Souza (940), Pedro Henrique (900) e Márcio Vitor (940) chegaram facilmente ao consenso de que se sair bem na redação do Enem é fruto de um trabalho que exige muita disciplina, horas dedicadas aos estudos e apoio da escola.
Dica 01 – Reserve um tempo para estudar e invista na preparação
A estudante Ádna Oliveira, que sonha em cursar biomedicina, revelou ao Acorda Cidade que dedicava de 3 a 4 horas do dia aos estudos e acredita que a rotina foi fundamental para que ela alcançasse um resultado muito satisfatório. Ádna tirou 940 pontos na redação.
“Foi uma boa preparação. Eu tive muito apoio familiar, minha mãe é professora. Também tive uma boa professora de redação na escola. Eu estudava muito em casa, assistia videoaulas. Não fiz um cursinho, mas tive uma boa preparação individual em casa“, disse.
Dica 02 – Apesar do nervosismo, tente manter a confiança na hora da prova
Ádna deu outra dica muito valiosa. Além de investir horas do dia aumentando o repertório de texto e treinando a escrita, é fundamental que o aluno tente se manter o mais tranquilo possível durante a realização do exame.
“Acreditem em si mesmos. Vocês têm que ter confiança, porque eu acredito que, se eu tivesse mais confiança em mim mesma, eu poderia ter alcançado a nota mil. Sejam confiantes. Tem que querer tirar uma boa nota, se esforcem, se dediquem, porque vale a pena”, afirmou Ádna.
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A professora Rosilene Santana, mãe da estudante Ádna, concordou com as palavras da filha. A profissional da área de educação afirmou que se sente muito lisonjeada com o resultado da filha, uma amostra do nível de dedicação da jovem.
“Esse resultado mostra o tanto que ela se dedicou e se esforçou. Desde pequenininha, com três anos e meio, quando ela ingressou na escolinha, ela já mostrava o interesse, o prazer em estudar e sempre queria aprender. Foi assim, aqui no Gastão Guimarães, uma porta aberta para ela aflorar”, disse a professora.
Dica 03 – Treine sua escrita e pratique bastante
O estudante Márcio Vitor Oliveira, que pretende cursar Medicina e tirou 940 pontos na redação, contou que se dedicou bastante para a redação e que a técnica de repetição foi fundamental para ele alcançar um bom desempenho durante o Enem.
“No total, eu fiz quase 50 redações em seis meses. E com isso eu ia fazendo pesquisas, tentava pesquisar diversos temas e, com isso, começava a buscar repertórios para reforçar meu argumento”, disse Márcio.
O Exame
Em linhas gerais, o Enem é uma prova que permite que alunos utilizem o resultado final obtido para ingressar em uma instituição de nível superior. São 180 questões objetivas, divididas igualmente, em quatro áreas do conhecimento:
- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Literatura e Artes);
- Matemática e suas Tecnologias;
- Ciências Humanas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia);
- Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química).
- Redação
Dica 04 – Valorize a possibilidade de aumentar sua média geral com a redação
Cada área de conhecimento na prova do Enem vale mil pontos, e se dedicar um pouco mais à redação pode ser uma estratégia muito eficiente. É dessa forma que o estudante Pedro Henrique Santos, que tirou 900 pontos na redação, pensa.
“A redação conta muito, porque você pode alcançar nota mil [fazendo apenas uma atividade]. Diferente das outras áreas, que são muito difíceis. Acho que é impossível conseguir nota mil nelas. Então, é melhor focar mais na redação, porque vale bastante coisa”, disse o estudante.
Dica 05 – Participe de oficinas e projetos de preparação para o Enem
Pedro contou que o apoio do Instituto Gastão Guimarães foi fundamental para que ele alcançasse uma nota tão elevada na redação. O jovem confessou que a ajuda da professora de redação Manuela Barbosa foi um diferencial na preparação dele.
“O tempo em que eu passei estudando à noite, das 19h às 21h, eu dedicava esse tempo aos estudos e recebia as informações ali na hora mesmo. Acabava estudando em casa depois. Todas as informações que foram passadas na preparação eu estudava, e elas serviram para me ajudar no Enem”, disse Pedro.
A professora Ioná Reis, mãe de Pedro Henrique, contou ao Acorda Cidade que, nesta edição do Enem, ela não ficou surpresa com o resultado do garoto, pois acreditava que o nível de dedicação e empenho que ele demonstrava levaria a um resultado positivo.
“Pedro sempre foi um aluno e um filho exemplar, sempre gostou de estudar, sempre foi disciplinado. Esse resultado é fruto de um trabalho que ele vem fazendo durante todo o ano letivo na escola e também no projeto Universidade para Todos à Noite”, disse a mãe do garoto.
A força da escola
Leandro Souza, diretor do Instituto de Educação de Tempo Integral Gastão Guimarães, em Feira de Santana, contou ao Acorda Cidade que a escola teve êxito no último Enem. Muitos alunos tiveram notas acima dos 800 pontos e alguns chegaram a 960 pontos.
“Isso é reflexo de todo o trabalho que é realizado no decorrer do ano, principalmente das políticas de governo, que trazem a Gestão da Aprendizagem, e o 100% Enem, que faz esse preparatório com os alunos durante todo o ano. Além, claro, das nossas parcerias externas com universidades, como a Uefs, e com os nossos professores engajados, fazendo todas as atividades e simulados para que os alunos possam ter preparação”, disse o diretor.
Leandro contou que o resultado positivo é fruto da boa sintonia entre a escola, os alunos, professores e os programas que desenvolvem o ritmo de aprendizagem de cada estudante. Ele detalhou um dos programas que começa a ser desenvolvido já no primeiro ano do ensino médio.
“Nós temos um programa de gestão da aprendizagem, onde esses alunos têm aulas virtuais, com professores e tutores. Nesse programa, realizamos atividades, provas diagnósticas e de proficiência, para que esses alunos saibam onde estão com mais dificuldades, e os professores saibam onde aquela turma está com mais dificuldade, para que possamos atingir de forma mais adequada aquela turma, aquele aluno, e melhorar o desenvolvimento dele”, concluiu Leandro.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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