Alunas e alunos do Colégio Santo Antônio de Feira de Santana idealizaram uma grande Simulação Acadêmica e o Amun, Modelo das Nações Unidas. O objetivo do projeto é mostrar a capacidade dos jovens diante de algumas situações que demandam posicionamento, decisões ágeis, informar e ensinar, além da aplicação dos conhecimentos e competências de cada um ao longo de suas jornadas pessoais e coletivas. A apresentação será nos dias 20 e 21 de setembro, até lá, muito trabalho está sendo feito.
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Na manhã desta terça-feira (20), as alunas de 16 anos, Ananda Alcântara e Helena Bernardes, ambas da 2ª série do ensino médio, participaram do Programa Acorda Cidade da Rádio Sociedade News FM, ao lado da professora Ana Claudia Bastos, para explicar mais detalhes dessa grande missão que os estudantes construíram.
De acordo com a professora, que é coordenadora do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio do colégio, esta é a segunda vez que os estudantes realizam simulações do que acontece na Organização das Nações Unidas (ONU).
“É um trabalho que começa há quatro meses, com todo protagonismo dos alunos, existe um grupo que coordena e os alunos assumem mesmo todas as funções que existem lá na ONU, a divisão de países, o tema, a discussão, a mesa diretiva, a Agência de Comunicação. Então é um trabalho extremamente enriquecedor voltado para argumentação e faz com que a gente possa conhecer mais a realidade a partir do ponto de vista de várias nações e enriquece”.
Dentro dos moldes do MOC (as simulações), quem coordena a Agência de Comunicação é Ananda. Ao Acorda Cidade, ela explicou como acontece a cobertura do evento.
“Basicamente a Agência de Comunicação tem papel central que é a cobertura do evento. A gente vai reforçar a transparência e engajamento com o público. Porque nosso objetivo não é apenas informar, mas também conectar as pessoas com a essência do nosso evento. Então a gente vai usar estratégias de comunicação como as redes sociais, vamos estar utilizando as redes sociais como principal plataforma para a disseminação de informações. Eu e minha co-diretora Isadora. Eu tomo conta em relação à imprensa, aos jornais que a gente tem na nossa área e Isadora toma mais conta das nossas redes sociais como o Instagram”, disse Ananda.
Elas vão produzir conteúdos exclusivos com direito a entrevistas com as delegações, com os participantes, coletivas de imprensa, entre outras ações de competência da Agência de Comunicação.
Helena é a coordenadora-geral da simulação deste ano. Para ela é um grande prazer participar da implementação de um projeto tão grandioso que deve abrir os horizontes de todos os seus colegas.
“Eu vou ser mesa diretora na simulação, a mesa diretora ela é o corpo que dirige, coordena e que encaminha as discussões para chegarem num ponto. Em simulações ONU os delegados vão representar países, delegações”.
Nesta 2ª edição, o tema será dívida histórica entre os países colonizadores e suas ex-colônias, assunto extremamente importante que também se refere ao Brasil, país colonizado por Portugal de 1500 a 1822, inclusive, apoiador do sistema escravocrata que deixou resquícios de opressão até os dias contemporâneos.
“É um tema que tem um repertório absurdo para o Enem, para vestibulares, concursos. Então a gente preza por abordar temas que sejam atuais e aí a gente trabalha com esses temas e os delegados têm que trabalhar em equipe para solucionar essa causa. Então é uma coisa que se aprofunda muito no delegado deixar o eu, sabe? Deixar o ego de lado e trabalhar para resolver aquilo ali, porque você está falando em nome de nações, você não está falando no seu, então é importante demais e a gente agradece muito ao Colégio Santo Antônio por estar abraçando essa oportunidade também”, disse Helena, complementando o tema e falando sobre a contribuição dos alunos no desenvolvimento da sociedade.
“É um tema que está em alta como presidente de Portugal ultimamente reconheceu o que houve aqui no Brasil em 1500, então a gente vai trabalhar nos estudantes o poder de fazer algo em prol da sociedade, em prol da diplomacia global”, completou.
Organização, proatividade e responsabilidade foram qualidades ditas pela professora que as alunas têm a oportunidade de desenvolver ao longo do projeto. Já nesta sexta-feira (23), elas vão realizar mais uma simulação de preparação, para que, no grande dia da simulação final, todos saibam exatamente o que estão fazendo.
“Para eles não ficarem nervosos, a gente tem MOCs preparatórios que fazem eles se naturalizarem com aquele evento. Para quando chegar no evento, arrasar. O tema dessa Moc vai ser intervenções militares pós-guerra fria e eles vão estar representando países diferentes dos países que eles vão representar na simulação oficial e a gente vai estar avaliando cada aluno individualmente”, disse Helena. Inclusive, elas darão o retorno de onde os alunos estão muito bem e onde podem melhorar.
Eles fazem de tudo, inclusive, os DPOs, Documento de Posicionamento Oficial que será utilizado nos dias de apresentação.
De acordo com as estudantes, o projeto é muito enriquecedor para o currículo dos alunos, porque mundialmente as simulações da ONU são reconhecidas pelas instituições e ajudam a criar um networking, uma rede entre eles.
Entre as alunas, uma está no projeto porque gosta bastante das discussões e acredita ser fundamental essa iniciativa dentro da sala de aula, já a outra vê aí uma oportunidade de treinamento para um dia se tornar uma grande diplomata.
“Eu adoro tudo, eu amo fazer simulações da ONU não é minha primeira simulação, eu faço simulações fora do colégio mesmo. Recentemente fui recomendada para simular em Nova York, só que pela minha idade eu ainda não posso. Então, eu vou aplicar de novo daqui a algum tempo. Mas é bom demais. É muito bom estar ajudando essa instituição que é tão grande que é o Colégio Santo Antônio a crescer mais”, disse Helena.
A professora ainda ressaltou o quanto o trabalho possui um embasamento teórico fundamental para nortear a discussão entre os alunos. Todo esse aparato tem os alunos como protagonistas, mas passa também pelo apoio dos professores de história, geografia, língua portuguesa, economia, trabalhando a partir do ponto de vista das nações.
“Os professores também dão bastante apoio. É um trabalho totalmente autoral no sentido do protagonismo onde as meninas produzem esse material, é supervisionado por mim, pelos professores. Os alunos que vão participar são formados ao longo do processo. Então a grande questão é essa construção de conhecimento vivo e como hoje a gente precisa mesmo. A gente percebe que quando se fala em questões intercontinental o conhecimento é um pouco raso, porque a gente não vive. Eu não sou daquela terra. Então a gente vem muito para aquele conceitual um pouco distante e as simulações da ONU faz com que a gente seja realmente transportado”, disse Ana Claudia.
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