Quatro estudantes do Colégio Estadual Ernesto Carneiro Ribeiro, em Feira de Santana, tiveram notas de destaque na redação do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Samuel Lima Brito (800), Yasmim Barros de Souza (880), Evelin do Vale Nascimento (900) e Victor Cabral Ribeiro (920) revelaram que os resultados são fruto de muita disciplina e dedicação.
A redação do Enem, que vale no total 1.000 pontos, é uma importante ferramenta para quem quer alavancar a nota média do exame. E para ter um bom desempenho, os estudantes são categóricos ao afirmarem que não existe segredo ou fórmula mágica.
Dedicação
“Só passa quem estuda, essa é a realidade. Não adianta chutar, nem pensar que tal pessoa conseguiu sem estudar e você vai conseguir também. Só consegue ter um bom desempenho quem realmente estuda. Não passa o mais inteligente, passa o mais esforçado”, disse o estudante Victor Cabral, de 18 anos, morador do bairro Calumbi.
Victor contou, em entrevista ao Acorda Cidade, que pretende utilizar a nota do Enem para ingressar no curso de Direito. O jovem, que quer fazer concurso para delegado, disse que teve que abdicar de muitas coisas para alcançar os 920 pontos na redação.
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“Estudava de 4 a 5 horas todos os dias. Meu ano foi praticamente só de estudo. Fazia uma redação por semana e a todo momento estava estudando. Às vezes eu saía com os amigos para poder me divertir, mas sabia que não era o momento porque precisava estudar”, disse Victor.
Incentivo
O estudante Samuel Lima, de 18 anos, também atribui os 800 pontos na redação à dedicação aos estudos. O jovem, que ainda está em dúvida se irá cursar direito ou arquitetura, afirma que a escola teve um papel muito importante no treinamento para a prova.
“Nossos professores ajudaram bastante na redação, em especial a professora Laís. Fizemos um simulado aqui na escola que nos ajudou a melhorar bastante. Eu também estava fazendo cursinho para a área militar, isso me ajudou. Conheci um professor de redação que deu macetes. Eu fazia redação toda semana, corrigia, via minha nota e isso me ajudou a melhorar cada dia mais”, disse Samuel.
Dedicação
Para Yasmim Barros, os 880 pontos na redação era algo meio que esperado. A estudante contou ao Acorda Cidade que estudava cerca de 3 horas todos os dias. Aliado a isso, a facilidade com a escrita e o treinamento rotineiro fizeram com que ela tivesse um resultado positivo.
“Minha maior dificuldade foi conciliar as responsabilidades com o estudo, até porque eu também participava de algumas atividades artísticas aqui da escola e era uma responsabilidade muito grande. Eu não queria abrir mão de nada, mas ao mesmo tempo, sabia que tinha que focar, então acho que conciliar tudo isso foi o maior desafio”, disse.
Apoio
A garota tem um alvo muito bem definido. Ela quer utilizar a nota do Enem para entrar no curso de letras da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Além de reconhecer a importância da disciplina e dos estudos no resultado do próprio sucesso, a estudante estendeu os agradecimentos.
“O apoio da minha família sempre foi um pilar muito importante da minha vida, mas eu também tenho que agradecer muito ao apoio da gestão da escola e dos meus professores, que sempre me incentivaram muito, muito mesmo”, disse Yasmim.
Surpresa
Mas o resultado pode surpreender até os estudantes mais “pés no chão”. Evelin do Vale, de 17 anos, contou que seguia à risca a rotina de estudos e mirava uma nota na casa dos 700 pontos e que quase não acreditou quando viu que, no lugar do sete, tinha um generoso nove.
“Minha professora sempre falava que quanto mais eu estudasse, maior minha nota seria. Eu pensava: ‘minha nota vai ser baixa, com certeza.’ Quando fui olhar, 900 pontos! Até agora não estou acreditando”, disse Evelin.
A garota contou que pretende cursar psicologia e que o interesse pela profissão surgiu a partir da experiência dela com uma profissional da área. Ela confessou que gosta muito da área de saúde, só que o “pavor” serve de empecilho em outros caminhos. “Eu sou muito fraca por esse negócio de sangue, ferida. Aí eu falei: vou ajudar na mente. Acho que posso ajudar outras pessoas como fui ajudada”.
A estudante finalizou a entrevista dando uma palavra de incentivo para aqueles que querem ter um desempenho parecido com o dela e o dos colegas do colégio Ernesto Carneiro, um conselho de alguém que pretende estudar psicologia justamente para ajudar o próximo.
“Ler livro é uma coisa muito boa, que me ajudou muito. Querendo ou não, ler livro, estudar, por mais que você não goste, tem que estudar e não desistir. Não deixar as coisas ruins chegarem à cabeça”, disse a jovem. “Perseverança, sempre. E mesmo quando parece que está muito difícil, é só a vida lapidando a gente para chegar e alcançar coisas que a gente nem imagina” complementou a colega Yasmim.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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