A estudante Emanuelle Silva Nascimento, 13 anos, que cursa o 7º ano do ensino fundamental no Colégio Municipal Faustino Dias Lima, publicou uma carta aberta em suas redes sociais, cobrando o término das obras de reforma da unidade de ensino, que já dura quase três anos. A escola está localizada no conjunto Feira VII, em Feira de Santana.
A adolescente mora no bairro Liberdade e escreveu esta carta aberta durante uma aula de produção textual. O texto foi escrito no dia da manifestação de pais, estudantes e professores em frente à escola, cobrando o retorno das obras, porém só repercutiu dias depois nas redes sociais.
“Minha iniciativa começou durante um aula de produção textual. A professora passou um trabalho pedindo para a gente fazer uma carta aberta sobre a reforma da nossa escola, que foi iniciada há três anos e até hoje não foi concluída. Então eu fiz essa carta aberta com o intuito de que mais pessoas vissem. A escola está em estado de decadência, para se ter uma noção, não tem nem telhado”, afirmou a estudante.
Ela enfatizou que publicou a carta aberta na rede social, porque é um meio mais rápido de visualização e abordar sobre a reforma da minha escola.
“Ainda não tive resposta da Secretaria de Educação. Fizemos um protesto entre alunos, professores, direção, e a nossa expectativa é que a reforma da nossa escola seja concluída o mais rápido possível”, disse.
Manifestação
Segundo a comunidade escolar, a reforma foi iniciada em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, mas foi paralisada em novembro de 2021. Com os retornos das aulas presenciais, os estudantes foram relocados para um prédio na Avenida Maria Quitéria, e a Secretaria de Educação disponibilizou um ônibus para transportar os alunos até o local provisório.
Em contato com o Acorda Cidade, a secretária de educação do município, Anaci Paim, informou que a secretaria fez este ano várias licitações e que as obras estão em andamento, e acompanhando o desempenho de outras empresas que já estavam executando as obras há mais de dois anos e que solicitaram realinhamento de preço ou prazo para renovação, e encaminharam a documentação posteriormente.
“Foi o que ocorreu com a reforma da escola Faustino Lima. Esta unidade escolar estava em reforma e a empresa teria que renovar o contrato no ano passado, e quando trouxe a documentação foi posterior ao prazo permitido para esta renovação, portanto foi encaminhado um expediente para a procuradoria jurídica recomendando rescindir o contrato, exatamente porque não havia mais a condição de cumprir o prazo anteriormente estabelecido. Um novo processo de licitação está já em providência para que seja divulgado e selecionar nova empresa que vai assumir a continuidade da obra e encerrar, portanto, a reforma da escola Faustino Lima”, afirmou a secretária.
Ela frisou que a continuidade de qualquer obra depende exatamente da operacionalização das ações pelas empresas, da medição que é fiscalizada mês a mês, para que realmente cumpra o prazo que está definido em contrato.
“No caso da escola Faustino Lima, tinha necessidade de prorrogação, mas não encaminhou a documentação em tempo hábil, e não encaminhando a documentação, não tem como renovar o contrato. Por isso foi feito o destrato e feita nova licitação. Os alunos precisavam continuar os estudos, e a própria direção da escola, com o apoio da comunidade, identificou uma unidade escolar que funcionava para a rede privada, e nós fizemos o aluguel desse prédio até concluir a reforma. Os alunos estão cursando, e tendo o apoio do transporte para o seu deslocamento. Assim que concluir a construção do Faustino, eles retornarão para o seu ambiente original”, garantiu.
Com informações da produtora Maylla Nunes e do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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