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O estudante de Feira de Santana, Pedro Anibal, 17 anos, entrou para o hall de alunos excepcionais que ultrapassam as notas esperadas por grandes universidades dos Estados Unidos. Ele obteve um score de 1.540, dos possíveis 1.600 pontos – no SAT Reasoning, considerado o Enem Norte-Americano, pouco antes de finalizar seu processo de aplicação para universidades nos Estados Unidos e Canadá.
Para se ter uma ideia, a Universidade de Princeton-EUA geralmente aprova candidatos com score entre 1.380 e 1.540. O Scholastic Aptitude Test (Teste de Aptidão Escolar), mais conhecido como SAT, é um dos exames mais utilizados pelas universidades americanas como parte do processo de admissão para graduação.
O teste é aplicado em escolas autorizadas em diversos países e equivale ao nosso Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no entanto, diferente do Enem Brasileiro, o Scholastic Aptitude Test exige um histórico escolar exemplar, cartas de recomendação, projetos, voluntariado, experiências extracurriculares, essays (cartas) direcionadas às universidades e, eventualmente, uma entrevista.
Ciente do longo e competitivo processo, Pedro dedicou os últimos meses para escrever um artigo com base em sua pesquisa sobre mindset e escrever as famosas essays, sob a orientação de professores e tutores que conhecem o processo.
No mundo inteiro, há exemplos de alunos que atingiram pontuação alta nos exames do SAT e construíram uma trajetória de muito esforço e grandes conquistas. Em Abu Dhabi, o jovem Rushil alcançou 1.570 em sua terceira tentativa no exame e se tornou um exemplo de superação após se debruçar sobre os diversos materiais de preparação, como a Khan Academy e College Board.
Em 2017, o Indiano Shubh Agrawal foi motivo de orgulho em sua cidade após um score de 1.590 na tentativa de ingressar em universidade nos EUA. Sem falar, é claro, nos raríssimos casos em que alguns alunos conseguem gabaritar a prova e atingir os 1.600 pontos.
No caso de Pedro, estudante do Colégio Helyos, da rede particular de ensino, a conquista foi ainda maior após os resultados nos exames específicos de Matemática Nível 2 e Química, na modalidade SAT Subject Tests. Dos possíveis 800 pontos, ele conseguiu os expressivos resultados de 800 e 780 pontos, respectivamente.
Pedro chegava a estudar 11 horas por dias, de segunda a sábado para o exame, além das avaliações para o colégio, que também são avaliadas na seleção. Ele está participando da seleção de ao menos 10 instituições dos Estados Unidos, e o resultado deve sair entre março e abril. Entre as instituições estão as universidades de Stanford e Yale.
No Colégio Helyos, a partir do 9º Ano, os alunos que sonham com as melhores universidades do mundo podem ingressar no Project U, o programa que lhes oferece todo o apoio para a escolha das universidades, sobre o processo de aplicação e sobre as chances de bolsas, além da preparação para os exames internacionais.
Nos últimos anos, o colégio testemunhou grandes histórias e aprovações de alunos em instituições como Stanford, Yale, Boston University, Michigan State e Minerva.
Com uma concorrência nas alturas, Pedro demonstra serenidade e confessa que o maior desafio tem sido elaborar as cartas.
Assim como os outros alunos que sonharam alto, ele também fez o seu dever de casa: planejou uma vida acadêmica no Ensino Médio para ter chances no processo de admissão. Afinal de contas, esse foi um grande passo de tantos que compõem o sonho de estudar fora.
Onde fazer a prova SAT
Apenas 17 cidades no Brasil possuem centros autorizados para a aplicação da prova, um delas na Bahia, que é a Escola Panamericana, localizada em Salvador. A taxa de inscrição custa 62 dólares, além de taxa administrativa.