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Enem: nunca faça as questões na ordem em que elas aparecem na prova

O Enem utiliza quatro cores de provas para evitar colas, garantindo que alunos próximos tenham questões dispostas em ordens diferentes.

Foto: Divulgação/Inep
Foto: Divulgação/Inep

Resolver as questões do Enem na sequência pode prejudicar sua nota, conforme apontam Mateus Prado, do Farias Brito, e Murilo Vasconcelos, da AIO Educação. Eles destacam que a posição das questões na prova influencia as taxas de acerto, independentemente da dificuldade.

A Influência da posição das questões no desempenho

O Enem utiliza quatro cores de provas (amarela, azul, branca e rosa) para evitar colas, garantindo que alunos próximos tenham questões dispostas em ordens diferentes. Isso significa que uma mesma questão pode aparecer em até quatro posições distintas, alterando a percepção de dificuldade e o desempenho.

Detalhes das questões e taxas de acerto

Questão sobre o Sistema de Contagem dos Incas (Matemática):

Esta questão abordava o sistema de contagem dos Incas, onde os alunos precisavam interpretar e resolver problemas com base no método numérico incaico. As taxas de acerto variaram conforme a posição da questão na prova:

  • Posição 1: 65,40% de acertos
  • Posição 8: 58,19% de acertos
  • Posição 37: 45,99% de acertos
  • Posição 42: 44,09% de acertos

Questão sobre Probabilidade em Urnas (Matemática):

Esta questão envolvia cálculo de probabilidade aplicado a um cenário com urnas e eventos. Os alunos precisavam usar habilidades de análise e resolução de problemas probabilísticos. As taxas de acerto foram:

  • Posição 12: 35,72% de acertos
  • Posição 26: 20,04% de acertos
  • Posição 34: 18,88% de acertos
  • Posição 42: 19,07% de acertos

Recomendações de especialistas

Mateus Prado, do Farias Brito (www.fariasbrito.com.br), recomenda iniciar pelas questões mais fáceis e progredir para as mais desafiadoras, especialmente em provas longas e com TRI, como o Enem. “Em provas extensas, começar pelas questões que você domina é essencial para acumular pontos e evitar o desgaste mental,” destaca Prado. Para mais dicas, acesse www.instagram.com/enemmateusprado.

Murilo Vasconcelos, da AIO Educação (www.aio.com.br), sugere usar estratégias baseadas em dados para otimizar o desempenho. “Focar nas questões mais simples ajuda a conservar energia e reduzir o estresse, o que pode aumentar significativamente a pontuação final,” explica Vasconcelos. Ele recomenda praticar com simulados que imulem o formato do Enem para ajustar a estratégia.

Estratégias práticas para o Enem

Priorize Questões Mais Simples e Rápidas: Comece pelas áreas onde você tem mais confiança para acumular pontos rapidamente. Isso ajuda a construir uma base sólida de pontos logo no início.

Use a Técnica do “Passe e Volte”: Ao encontrar uma questão difícil, passe para a próxima e marque para retornar depois. Isso impede que você gaste tempo demais em uma única questão, o que pode comprometer o tempo disponível para outras.

Gerencie o Tempo com Precisão: Divida o tempo de prova de forma proporcional ao número de questões e ao seu nível de dificuldade. Use um relógio para monitorar e ajustar o ritmo conforme necessário.

Treine com Simulados Realistas: Simulados são essenciais para praticar a gestão de tempo e a técnica de priorização de questões. Procure simulados que imitam o formato real do Enem, incluindo o uso de TRI, para que você possa adaptar sua estratégia de forma mais eficaz.

Proposta de provas adaptativas para o Enem

Mateus Prado também sugere que o Enem adote um modelo de provas adaptativas, semelhante ao SAT. O SAT é um exame americano que ajusta o nível de dificuldade das questões com base no desempenho do aluno, permitindo uma avaliação mais precisa da proficiência do estudante. Em um modelo adaptativo, 100 a 140 questões seriam suficientes para avaliar melhor a proficiência do aluno do que o modelo atual com 180 questões fixas. “Muitos alunos enfrentam questões que pouco refletem seu real desempenho,” argumenta Prado, destacando que uma abordagem adaptativa seria mais justa e eficaz.

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