Educação

Em estado de greve, professores participam de audiência com a secretária de educação

Em entrevista ao Acorda Cidade, professoras relataram sobre as dificuldades encontradas nas escolas da rede, que estariam em condições precárias para receber os estudantes.

Laiane Cruz

Em estado de greve e paralisados desde a última terça-feira (22), professores da rede municipal de Feira de Santana se reuniram, na tarde desta quinta-feira (24), na sede da Fundação Egberto Costa (Parque do Saber), para acompanharem uma reunião entre a secretária de educação, Anaci Paim, e representantes da categoria.

Inicialmente, a audiência estava marcada para acontecer na Secretaria de Educação, porém o local foi alterado de última hora, deixando os professores insatisfeitos com a situação.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade.

Em entrevista ao Acorda Cidade, professoras relataram sobre as dificuldades encontradas nas escolas da rede, que estariam em condições precárias para receber os estudantes. Além disso, a categoria cobra o reajuste de 33,23% que foi aprovado pelo governo federal, dentre outros pontos de uma extensa pauta de reinvidicações, como reestruturação do plano de carreira, mudança de carga horária, mudança de referência, entre outras questões.

Uma professora relatou que a escola Antônio Carlos Pinto de Almeida, no bairro Papagaio, onde trabalha, faltam três professores de 40 horas. Segundo ela, na última segunda-feira (21), teve a aula presencial e o lanche foi somente um copo de suco para os alunos.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“O açúcar foi comprado pela diretora. Não chegou uniforme para os alunos, não tem máscaras, não tem livro didático, nem material escolar, não tem carteiras e a gente precisa revezar os alunos nas salas. Ou seja, não tem estrutura que nos qualifique para a aula presencial e que nos dê possibilidade de receber os alunos na escola. Está faltando praticamente tudo”, reclamou.

Lecionando na escola Almira Pereira Lago, uma professora contou que a escola não tem condições de funcionar.

“A estrutura física é muito precária. Está na lista para ser reformada há mais de 10 anos, está sem janelas, sem ventilação, ventilador na sala que não funciona, a merenda não chegou na segunda-feira, quando iniciou o ano letivo, e o fardamento que chegou lá foi no ano de 2019. Esse ano não chegou.”

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Também sem materiais e infraestrutura adequada, a escola Escola Parque Brasil, na Conceição I, retomou as aulas na última segunda-feira (21), porém o lanche só chegou às 10h para as crianças.

“A situação da escola que trabalho não está muito diferente das escolas das minhas colegas. Ano passado, quando retornamos ao trabalho presencial, os alunos ficaram sem aulas na quinta e sexta por falta de professor. Também falta fardamento. Na segunda-feira, retornamos, mas o lanche só veio chegar 10 horas, na hora dos meninos lancharem, e foi uma vasilha de sequilho com suco.”

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

 

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