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Cursos a distância não são novidades. Mesmo antes das medidas que restringem a circulação de pessoas, eles já vinham ganhando espaço em todo o mundo. Graças à Internet e ao desenvolvimento de equipamentos de última tecnologia, há cada vez mais recursos para incrementar o ensino por meio das telas.
De repente, essa modalidade de ensino se tornou, praticamente, a única possível. Devido a ela, as atividades educacionais puderam continuar em andamento durante esse período de pandemia.
Quem ainda era resistente em experimentar formas de educação não-presenciais, foi obrigado a repensar e a se abrir para essa modalidade. A expectativa é de que isso faça com que, mesmo quando pudermos voltar às salas de aula, a educação a distância continue a ganhar cada vez mais espaços.
Especialistas têm afirmado que o mundo que conhecíamos não deve voltar a existir, pelo menos, não por muito tempo. Como a realidade, agora, é essa, que tal saber um pouco mais sobre o assunto? A seguir, apresentamos cinco curiosidades sobre a educação através das telas.
Primeira aula a distância do Brasil tem mais de 100 anos
O primeiro curso não-presencial conhecido no Brasil já tinha a ver com a tecnologia, mas começou muito antes de a Internet ser inventada. Um curso de Datilografia, anunciado no Jornal do Brasil, em 1904, é o registro mais remoto de ensino a distância no país.
O material que ensinava a usar máquinas de escrever era todo enviado pelo Correio, assim como tarefas e avaliações. Depois, a partir dos anos 20, as aulas por meio do rádio se tornaram populares. Já o ensino nas telas, por meio de vídeos gravados, só se popularizou, no Brasil, nas décadas de 80 e 90.
Cursos a distância valem tanto quanto presenciais
As videoaulas fizeram muito sucesso, no Brasil, com os cursos supletivos a distância, a partir da década de 80. No entanto, os primeiros alunos que estudaram por meio dessas aulas gravadas não tinham seus diplomas e certificados reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Só em 1998, um decreto do órgão fez com que esses cursos passassem a valer oficialmente, tanto quanto os presenciais. Depois disso, essa modalidade se popularizou ainda mais, incluindo cursos de graduação, pós-graduação e profissionalizantes.
Gamificação é uma tendência
A palavra gamificação tem sido constantemente relacionada à educação porque, no ambiente on-line, o uso de jogos costuma ser bem-aceito e tem se mostrado eficiente na maioria dos casos.
Os jogos podem ser adaptados para, praticamente, qualquer tipo de conteúdo. A possibilidade de colocar o conhecimento em prática pode ser uma ferramenta e tanto para facilitar o aprendizado e manter, especialmente, crianças e adolescentes, interessados no conteúdo.
Experiência pode ser personalizada
Essa ainda não é uma possibilidade em muitos cursos on-line, mas algumas instituições e plataformas mais modernas já oferecem a chance de personalizar o seu curso.
Assim, os conteúdos podem ser adaptados para incluir assuntos do seu interesse, o que torna as aulas mais atrativas e ajuda na retenção do conhecimento.
Quase 5 milhões de estudantes brasileiros não têm Internet
Apesar das vantagens e das possibilidades dessa modalidade de ensino, é importante lembrar que os cursos on-line ainda não são possíveis para uma parte significativa da população brasileira.
Um estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que 4,8 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso à rede em suas casas. Portanto, elas ainda precisam da ajuda dos governos para que essa seja uma possibilidade viável.