Feira de Santana

Diretora do NTE fala sobre suspensão das aulas em colégio no bairro SIM

Celinalva Paim explicou ao Acorda Cidade que paralisações neste momento só prejudicam os alunos.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Na segunda-feira (12) e nesta terça-feira (13) as aulas no Colégio Estadual Professora Tecla Mello, localizado na Avenida Centenário, no bairro SIM, em Feira de Santana, estão paralisadas. O que gerou um descontentamento entre pais de alunos que desejam saber o motivo da suspensão dessas aulas.

A professora e Diretora do Núcleo Territorial de Educação (NTE), Celinalva Paim, contou ao Acorda Cidade que a falta de aula não é só no Tecla Mello.

“Hoje nós estamos com algumas unidades escolares da rede estadual paralisadas por conta do precatório. Isso é uma decisão da APLB de paralisar para cobrar do governo algo que já foi liberado, na verdade, desde a semana passada o governador do estado já tinha mandado para a Assembleia Legislativa o plano de pagamento para poder fazer este pagamento dos precatórios, só que não era de obrigação do estado pagar os juros desse dinheiro recebido. Então a APLB achou por justiça cobrar esses juros, mas já foi publicado no Diário Oficial da Assembleia Legislativa uma mudança na lei e o governo voltou atrás e resolveu pagar os juros também aos professores além desse valor devido, pagar também o juros,” descreveu.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Conforme a professora Celinalva Paim, o governador não tinha pensado nessa ideia ainda por conta dos últimos investimentos que o setor de educação no estado da Bahia está tendo, a exemplo de escolas novas.

“Como a APLB achou melhor que os juros fossem repassados para os professores, o governador voltou atrás e resolveu passar, além do valor do montante real, passar também os juros. E isso já foi feito, a emenda já foi publicada e o que estamos esperando agora é a votação, e com certeza os deputados irão votar. Isso é uma coisa mais do que certa,” contou.

Celinalva Paim esclareceu ao Acorda Cidade que esta paralisação, neste momento, não é uma necessidade, porque os maiores prejudicados são os alunos.

“A gente sempre pensa no nosso aluno, quem está sendo prejudicado hoje são os alunos, são dois dias sem aula, são dois dias sem merenda e tem muitos alunos que a alimentação dele do dia, é apenas a da escola, então isso é um absurdo parar neste momento, viemos de uma pandemia, depois de tantas paralisações, a gente teve dois dias sem aula por conta de uma determinação de uma coisa que já está certa de uma coisa que já está acordada,” frisou.

Além da suspensão das aulas por conta dessa paralisação, muitos pais de alunos contaram ao Acorda Cidade que seus filhos não estão tendo aulas de língua portuguesa.

“Essa questão do Tecla Mello, especificamente, a gente pode dizer aqui que não é falta de professores. A nossa rede não está com falta de professores, a nossa rede tem professores faltosos, alguns, nem todos. E quando um professor falta, o aluno fica sem aula,” explicou.

A diretora do Núcleo Territorial abordou que as causas dessas faltas são inúmeras. Alguns professores faltam por estarem doentes ou para resolver problemas particulares.

“São inúmeras as desculpas ou justificativas que o professor dá para não cumprir seu horário de aula. Quando é doença a gente exige o atestado, quando não tem atestado médico infelizmente a gente tem que realmente mandar a falta. E essa questão de funcionário público todo mundo sabe que não é assim: ‘o professor faltou, a gente vai exonerar’, primeiro temos que ter prova que ele é faltoso para depois abrir um processo administrativo tem todo um trâmite. Infelizmente a gente ainda passa por essas dores de faltosos e de alunos ficarem sem aula por conta desses professores e neste caso específico nós já estamos tomando as providências juntamente com a direção da escola para a gente começar a realmente abrir um processo contra este professor específico que está faltando demais”, esclareceu.

Segundo a professora Celinalva o diretor da escola Tecla Mello já detectou a falta desse professor de português e o Núcleo Territorial já foi comunicado.

“O professor André já fez esse comunicado ao NTE, nós já estamos cientes. Mas como eu falei anteriormente, não é tão fácil assim a gente tomar uma providência, porque outros trâmites são necessários. Inclusive este professor esteve aqui no NTE, já conversamos, mas pelo que a gente vê a situação continua do mesmo jeito,” destacou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Alagamento em frente ao Colégio

Pais, alunos, professores e motoristas encontram dificuldades de transitar pela rua do colégio Tecla Mello, por conta de grandes poças de água que inviabilizam a passagem da população.

“Esse problema não é de agora, ainda é da época do professor Ivamberg que já vinha lutando, porque aquilo ali não é problema do estado é realmente uma providência do município. O professor André, que é o diretor do Tecla Mello, já procurou a prefeitura eles já disseram que iriam tomar uma providência e até hoje, até o momento, essas providências não foram tomadas,” disse.

Conforme abordou a professora Celinalva ao Acorda Cidade, em frente ao colégio existe um desnível no calçamento que foi feito indevidamente, então a rua necessita de pavimentação adequada, que é papel da prefeitura. Caso essa pavimentação ocorra, Celinalva deixou claro que isso não vai impactar na suspensão das aulas.

“A pavimentação na rua não impede aula,” ressaltou.

A professora esclareceu que algumas escolas estaduais que passaram ou estão passando por reforma interna não tiveram suas aulas adiadas, como é o caso do Colégio Gastão Guimarães. Apenas as aulas presenciais foram suspensas, e os alunos estavam em atividade de forma remota.

“No Gastão Guimarães, passamos por um período com os alunos nessa modalidade, por conta da troca de piso, para retirar o piso que tinha e colocar um novo, de alta resistência, esse processo faz muito barulho e também é perigoso para o aluno. Então realmente a gente teve que suspender a aula presencial, mas as aulas continuaram de forma remota, os professores na ativa vindo para o colégio aprontar as atividades, e os alunos e pais de alunos vinham até a escola pegar essas atividades. Mas graças a Deus já voltamos o piso já foi colocado, tanto no primeiro, como no segundo piso, e nós já estamos de volta com as aulas presenciais no Gastão Guimarães”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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Ana Muniz

Essa senhora, com certeza não estâ acompanhando a nossa luta! A Proposta de Lei do Governador ainda não foi votada e o art 8 precisa ser alterado. Já que o Governador Rui Costa disse que pagará os juros e mora, porque não colocou na Proposta? Por favor, Acorda Cidade, entreviste alguém da diretoria da APLB ou outro professor para saber, na verdade, a que ponto está essa situação. Lançar inverdades, não ê bom para ninguém! A luta é justa! E o Governo só entende essa linguagem!

Robson

Engraçado… As obras que já duram mais de um ano, em pleno ano Letivo, não prejudicam os alunos. Barulho de martelo, martelete, maquita durante as aulas não prejudicam. Canteiro de Obra dentro da Escola, não prejudicam. As suspensões periódicas pora conclusão das obras intermináveis não prejudicam…