Laiane Cruz
A diretora da APLB em Feira de Santana, sindicato que representa os professores das redes municipal e estadual, Marlede Oliveira, se posicionou nesta quarta-feira (20) sobre o retorno das aulas presenciais na rede estadual, ocorrida na última segunda-feira (18), no estado, exceto em Feira, que retomou na terça, em virtude do feriado municipal.
De acordo com ela, o governador Rui Costa agiu de forma precipitada, uma vez que a maior parte dos estudantes ainda não foi vacinada com a segunda dose da vacina contra a covid-19. Além disso, as salas de aulas não foram ampliadas para a abrigar a nova quantidade de alunos.
“É contraditória a postura do governador. Nesse decreto ele fala de distanciamento, que tem que ter tomado a segunda dose, são vários requisitos para a retomada de atividades e eventos. Então a gente questiona: as escolas não tiveram aumento de sala de aula, ventilação. Nós temos um estudo e tem nove escolas do estado que não têm condições de um retorno presencial. O Rotary, o Fênix, por exemplo, não têm condições de ventilação. Como vai retornar 100% presencialmente se os estudantes não estão todos vacinados com a segunda dose? Tem que ter a distância entre os alunos de 1,5 m, mas como manter se a sala de aula tem o mesmo tamanho? São esses questionamentos que precisam ser feitos ao governador”, questionou Marlede Oliveira.
Ela destacou que o decreto 20.680 coloca os requisitos de retorno às atividades na Bahia. Porém, que o sindicato defende a vida e vai tirar fotos das escolas e das aglomerações em sala de aula.
“O que acontecer nas escolas será de responsabilidade do governador do estado da Bahia. Sem conversar com a comunidade escolar, de forma autoritária e unilateral, ele tomou essa decisão. A gente quer voltar, mas com segurança. Entendemos que o governo se precipitou. O governo está sendo irresponsável sem todos os estudantes terem tomado a segunda dose.”