Com salários atrasados, terceirizados se manifestam em frente à Secretaria de Educação

Cerca de 50 trabalhadores terceirizados pela Secretaria Municipal de Educação paralisaram as atividades, na manhã desta segunda-feira (12), para se manifestarem em frente ao órgão municipal e cobrarem o pagamento dos salários atrasados.

De acordo com os manifestantes, os vigilantes, merendeiras e serviços gerais são contratados pela empresa Fundação ADM, e estão sem receber os salários desde o dia 5, além dos tickets de alimentação e transporte.

O vigilante Almir Neri informou em entrevista ao Acorda Cidade que os atrasos ocorrem todos os meses, desde que a empresa assumiu.

“A gente chega na empresa e fala que não tem previsão para pagamento. O salário venceu dia 5 e até agora nada. É a Fundação ADM, sempre atrasa, todo mês é isso aí. Todo mês nós temos que fazer essa manifestação para o salário entrar na conta, o ticket-alimentação não paga, o transporte não paga, e o salário não paga, todo mês é a mesma coisa. Só paga depois da manifestação”, reclamou o trabalhador.

O vigilante Robério da Silva afirmou que os trabalhadores eram contratados anteriormente pela Coopersad, porém a empresa encerrou o contrato e os funcionários ficaram cinco meses sem receber. Agora, estão passando pela mesma situação com a nova empresa.

“A gente saiu da Coopersad agora, depois de cinco meses de salário atrasado. Foram cinco anos de empresa, a gente saiu agora, disseram que iam nos pagar. Entramos agora nessa ADM e já atrasou o pagamento, não tem ticket, não tem nada. Estamos a ver navios. Essa empresa assumiu tem 60 dias e pagamento que é bom nada. A gente foi lá e mandaram vir para cá, porque não tem previsão de pagamento. Eu não sei dizer que o atraso é da prefeitura, porque algumas empresas já receberam, só tá faltando a nossa. Então não sei dizer que parte é esse atraso. A carteiras da gente estão todas lá, dizendo que assinaram e até agora nada”, protestou.

A auxiliar de serviços gerais Derinalva Gonçalves lamentou estar passando por essa situação, após ficar seis meses desempregada.

“Todo dia eu gasto R$ 8,30 sem receber. Passei seis meses desempregada, e agora estou pagando para trabalhar. Serviços gerais, merendeiras, da portaria, são todos dessa empresa sem receber”, disse.