Estudante do 5º semestre do curso de Licenciatura em Música pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Miguel Pinheiro Barbosa, 20 anos, está prestes a realizar um grande sonho, que é se tornar músico profissional.
Desde os 12, os instrumentos sempre fizeram parte da vida do jovem, mas agora o gosto pela música tem outros caminhos.
“Eu toco desde os meus 12 anos de idade, comecei tocando violão, fazia parte de bandas e no ano de 2018 passei a integrar o grupo do Neojiba, foi quando mudei radicalmente o meu instrumento para um trompete, me apaixonei e estou até hoje tocando. Este é um instrumento metal de sopro, um dos instrumentos mais antigos do mundo, belíssimo de se tocar e antigamente era muito requisitado, quem conhece um pouco da história da música, acaba se deparando com isso. Lembro que no início, eu tive dificuldades, não conseguia tirar o som, ficava frustrado, mas eu gosto das coisas difíceis, gosto de desafios, foi quando passei a estudar mais o instrumento e imaginava que seria apenas um instrumento complementar, mas hoje ele é o principal que toco e foi com a ajuda do meu avô que comprei”, lembrou.
Mesmo já tendo o gosto pela música e pelo instrumento, Miguel contou ao Acorda Cidade que também teve incentivos.
“Ao longo das conversas que eu estava tendo com o meu professor de trompete, o Joedson, ele me passava segurança porque eu tinha medo, mas ele me incentivava, e a gente sabe que o incentivo para a cultura ainda é fraco. Então conversando com meu professor, que também é músico profissional lá de Irará, e dava aula aqui no Neojiba, me incentivou para que eu seguisse com este objetivo. Hoje eu sigo estudando bastante, buscando mais conhecimentos, inclusive esse intercâmbio que estou indo fazer em Portugal é justamente para incrementar esses conhecimentos e enriquecer meu currículo. Apesar de fazer licenciatura, eu tenho um pé muito forte na performance, então quero me especializar, chegar em um nível de excelência”, pontuou.
No mês de setembro deste ano, Miguel Pinheiro estará embarcando para a cidade de Bragança em Portugal para fazer um intercâmbio pela Uefs.
“Essa é uma bolsa que consegui pela Uefs, uma bolsa para intercambistas. A pessoa faz a prova, se passar neste primeiro editar, tem uma série de novas avaliações, como escrever uma carta para a Universidade, enviar todas as documentações e eu fui um destes contemplados para Portugal. É uma bolsa de estudos, porém não ajuda com os custos, não quita as passagens, passaporte vistos, tudo isso fica por conta do estudante”, explicou.
Para viajar, Miguel está realizando uma campanha na internet. De acordo com o estudante, apenas para embarcar, terá um custo de cerca de R$ 6 mil.
“O que a bolsa oferece é em torno de 450 euros e o salário mínimo lá é de 700, ou seja, é muito pouco. Somente a passagem de avião é em torno de R$ 5 mil, ainda tem o visto que é entre R$ 900 e R$ 1.000, então são esses os principais gastos que terei. Saindo o meu visto a tempo, e acredito que tudo vai dar certo, eu pretendo ir pelo menos duas semanas antes do semestre começar para que eu possa me adaptar na cidade”, concluiu.
Para ajudar Miguel Pinheiro Barbosa, as pessoas podem realizar contribuições através da Chave Pix: (75) 99124-7787.
com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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