Educação

Colégio de Feira de Santana ensina a fazer instrumento musical com plástico e relaciona atividade com Física e Matemática

De acordo com a professora da oficina, Sara Dumont Fadigas, a atividade interdisciplinar, com foco na conscientização ambiental, contribuiu para o aprendizado de diferentes conteúdos.

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Os estudantes do Centro Juvenil de Ciência e Cultura de Feira de Santana (CJCC) estão colocando a criatividade em prática nas oficinas ofertadas pela unidade da rede estadual de ensino. Por meio da oficina “Sons do plástico”, realizada durante esta semana, eles aprenderam a confeccionar instrumentos musicais com plásticos recicláveis como garrafas pet, embalagens de produtos de limpeza, canos e sacos, além de latas de metal. A oficina, realizada gratuitamente, envolveu estudantes da Educação Básica e do Ensino Superior. Uma das coisas que chamam a atenção é que durante a construção dos instrumentos foram agregados conhecimentos de disciplinas como Matemática e Física.

Dente os instrumentos musicais de percussão e de sopro que os participantes aprenderam estão: pífano, que é uma flauta criada com cano PVC; flauta de pan, que é feita com mangueirinha de chuveiro; ganzá, que é confeccionado com metal e plástico; e o djembe, instrumento de origem africana, criado com caqueiro de planta e saco plástico e que possui um som semelhante ao do timbal.

De acordo com a professora da oficina, Sara Dumont Fadigas, a atividade interdisciplinar, com foco na conscientização ambiental, contribuiu para o aprendizado de diferentes conteúdos. “Na oficina, eles aprenderam os contextos históricos por trás de cada instrumento, como os sons são produzidos, além de conteúdos de disciplinas como Matemática e Física, a exemplo de frações, proporções, comprimento de ondas, sons em tubos fechados e outros”, destacou a educadora.

O estudante Miguel Pinheiro Barbosa, 17, que cursa Música na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), disse que gostou muito da proposta da oficina envolvendo a reciclagem. “Achei muito interessante, pois podemos reaproveitar materiais que seriam descartados para produzir instrumentos úteis e funcionas. Além do aprendizado sobre música, a atividade contribuiu para a preservação do meio ambiente”, afirmou.

William Marques Pinheiro, 19, que estuda Matemática na UEFS, disse que ficou surpreso em poder relacionar a Matemática com a música. “Toco Violoncelo e achei muito legal ver, na prática, o link dos conteúdos de Matemática com a música, a exemplo da corda pitagórica”, disse o estudante.

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