Educação

Cacique tupinambá profere aula magna na Uefs

Uma aula de luta, resistência e sabedoria do Cacique que atua em defesa dos indígenas do povo Tupinambá de Olivença, localizado na região de Buerarema, Ilhéus e Una.

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“Os povos indígenas têm uma forma de educar diferente, não é permitido o conhecimento ficar centralizado em uma pessoa só, senão essa pessoa domina os outros. O certo é unir toda comunidade e compartilhar o conhecimento.” As palavras do Cacique Rosivaldo Ferreira, conhecido como Babau de Tupinambá, ecoaram no espaço acadêmico da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), durante a Aula Magna do semestre letivo 2019.2, que teve como tema “O que podemos aprender com os povos indígenas”.

Foto: Edvan Barbosa (Ascom/Uefs)

Uma aula de luta, resistência e sabedoria do Cacique que atua em defesa dos indígenas do povo Tupinambá de Olivença, localizado na região de Buerarema, Ilhéus e Una. O reitor Evandro do Nascimento destacou a luta dos povos indígenas contra o processo colonizador e também as novas lutas diante do atual contexto político e o papel das universidades como forma de resistência, “precisamos encontrar caminhos para resistir e lutar e as reflexões que ouvimos hoje têm muito a nos ensinar”, disse.

O evento contou com a presença de representantes da Associação de Professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (A), do Sindicato dos Trabalhadores em Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sintest), do indígena do povo Kaimbé Ângelo França, graduado em Filosofia pela Uefs, e do superintendente da coordenação executiva de projetos estratégicos da secretaria Estadual de Educação, Marcius Almeida, que representou o governador Rui Costa. A Aula Magna foi prestigiada por um público estimado de mais de 300 pessoas.

A aluna do mestrado em História, Cleidiane Lima, ressaltou que discussões sobre os povos indígenas são importantes para a formação acadêmica, principalmente para os que estão chegando agora na universidade. A aula também contou a apresentação musical do grupo Coisa de Índio e com a intervenção poética do movimento Linguativismo, que reúne estudantes e professores de Letras da Uefs.
 

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