Rachel Pinto
Atualizada às 14h
A Comissão de Educação da Câmara Municipal de Vereadores de Feira de Santana vai realizar no dia 7 de junho, uma audiência pública pra discutir o contingenciamento de recursos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e também do Instituto Federal da Bahia (IFBA). A vereadora Eremita Mota, presidente da comissão, disse em entrevista ao Acorda Cidade que recebeu representantes das duas instituições na câmara e a diretora do campus da UFRB de Feira de Santana, Suzana Pimentel fez alguns esclarecimentos sobre as consequências do contingenciamento na rede federal.
De acordo com Eremita, após o pronunciamento de Suzana Pimentel na casa da cidadania, ela viu a necessidade da realização da audiência pública, com o intuito de discutir o assunto com mais abrangência. Chamar a atenção dos políticos sobre a situação e também sobre a questão da implantação da UFRB em uma sede definitiva.
Foto: Paulo José / Acorda Cidade
“Existe um descaso, um retrocesso ao que a educação precisa e a educação tem que ir para frente. Aliás nossos projetos, o que a população precisa tem que estar sempre em um pensamento para frente. Para que a população possa ficar satisfeita com as promessas políticas durante a eleição”, afirmou.
Suzana Pimentel, explicou que procurou a vereadora e a Comissão de Educação para convocar a audiência pública e discutir especificamente os cortes no orçamento das universidades federais e do Instituto Federal da Bahia no campus de Feira de Santana. Solicitamos o apoio de vereadores para que juntamente com os deputados federais possam mobilizar bancada da Bahia. Na verdade para que a gente possa sensibilizar o Ministério da Educação (MEC) e reverter esse processo de contingenciamento. Isso que implica para nós um contingenciamento de 32% do nosso orçamento de custeio e investimento. Somos um campus que está começando em Feira de Santana e é um impacto muito grande”, comentou.
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Suzana frisou que o contingenciamento dos recursos vai repercutir impactos sociais para alunos e funcionários.
Foto: Paulo José / Acorda Cidade
“Os recursos que nós temos não contingenciados nos permitem ter um funcionamento até o mês de agosto. A partir de setembro nos teremos consequências. Nós teremos dificuldade com relação ao pagamento de pessoal terceirizado, contrato de vigilância, limpeza, pagamento dos contratos de água, luz, telefone, pagamentos de contratos de aluguel e todas essas coisas ficam em possibilidade de suspensão desses pagamentos e colocam em cheque e em risco o funcionamento da própria instituição”, declarou.
Campus definitivo
A audiência pública que acontecerá no dia 7 de junho, na Câmara Municipal vai abordar ainda sobre a implantação da UFRB em campus definitivo. A instituição funciona em sede provisória há seis anos. Suzana Pimentel relatou que a UFRB tem um terreno escriturado na BR 116 Sul.
“Nós precisamos de recursos para a construção da nossa sede definitiva e esse também é um pleito que nós colocamos e vamos colocar na audiência pública. Precisamos de forma política no município e força da própria comunidade feirense para conseguirmos os recursos junto ao MEC para construção da sede definitiva do campus que hoje é um campus da Universidade Federal do Recôncavo, mas com certeza tem potencial para ser um campus de uma futura Universidade do Portal do Sertão”, finalizou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
