Feira de Santana

Após proibir aluno levar lanche, diretora de escola é afastada das atividades

O caso aconteceu no Instituto Estadual Gastão Guimarães, em Feira de Santana. Uma manifestação de pais e alunos pediu o afastamento.

Instituto de Educação Gastão Guimarães
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A diretora do Instituto Estadual Gastão Guimarães, Alfreda Xavier, foi afastada das atividades, após ter proibido um estudante autista levar o próprio lanche para a unidade educacional, localizada em Feira de Santana.

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O adolescente de 14 anos tem seletividade alimentar, e ao perceber que o garoto estava retornando para casa com o mesmo lanche, a mãe do estudante, Jandira Carla Oliveira, buscou a direção para entender o motivo.

Mesmo tendo apresentado toda a documentação de um neurologista, o estudante não foi autorizado a levar o lanche.

Uma manifestação envolvendo pais e estudantes, foi realizada na última quarta-feira (21), pedindo que a diretora fosse afastada.

Segundo informações apuradas pela reportagem do Acorda Cidade, Virgínia Lima irá assumir a diretoria de forma temporária.

A reportagem do Acorda Cidade esteve na manhã desta sexta-feira (23) na unidade educacional e conversou a estudante do 3º ano, Kaline Novaes. Segundo ela, a classe estudantil aprovou a decisão pelos fatos que estavam acontecendo envolvendo a diretora.

“A gente ficou surpreso, pois já tínhamos feito protestos nas redes sociais, se juntou presencialmente para realmente ter essa visibilidade do que estava acontecendo na nossa instituição. Eram muitas coisas, são tantas coisas que eu não consigo listar aqui para vocês. Mas eu acho que depois dessa revolução que a gente fez, com certeza muitas coisas no dia de hoje e em diante no Gastão vão mudar”, pontuou.

Para Kaline, mesmo que a diretora volte a atuar na unidade, muitas mudanças podem acontecer.

“Foi notificado pra gente ontem, ficamos surpresos, mas também felizes, porque o que a gente fez, teve resultado. Mesmo que ela volte, a gente sabe que vai ter algum resultado, vai ter mudança. Acredito que vamos ter mais liberdade, eu por exemplo, vejo em outras escolas os trotes do Terceirão, eu tenho propriedade para falar isso, porque nós não estamos tendo, são brincadeiras e não sabemos o real motivo, questionamos, mas não tivemos as respostas”, contou.

A reportagem do Acorda Cidade também conversou com Regina Célia, mãe de um estudante autista. Segundo ela, mesmo com a insatisfação de outros pais, a unidade é acolhedora.

Mãe de Estudante
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A minha observação é o seguinte, eu tenho um filho que é autista, ele estuda aqui no Colégio Gastão, eu gosto muito do colégio, ele é bastante acolhedor, eu deixo ele aí sem preocupação nenhuma, eu gosto da maneira como ele é organizado. Eu sei que tem alguns casos que a pró Alfreda poderia relevar, quanto à questão desse menino que teve da alimentação, mas assim, eu quero só ressaltar que o colégio é extremamente organizado, extremamente acolhedor e que eu deixo meu filho aqui sem preocupação nenhuma”, disse.

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