Educação

APLB repudia decreto de retorno às aulas 100% presenciais

Para a APLB, com o retorno 100% das aulas presenciais e com todos os alunos presentes nas salas de aula, não há condições de manter o distanciamento social.

Acorda Cidade

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Feira de Santana (APLB), através de sua diretoria, publicou uma nota de repúdio à determinação do prefeito Colbert Martins da Silva, de retorno às aulas 100% presenciais nas unidades de ensino do município públicas e particulares. A decisão foi publicada ontem (29), no Diário Oficial do Município e começa a valer a partir do dia 16 de novembro.

Para a APLB, com o retorno 100% das aulas presenciais e com todos os alunos presentes nas salas de aula, não há condições de manter o distanciamento social recomendado pelas instituições sanitárias para evitar o contágio pela covid-19.

A nota de repúdio frisa ainda que algumas escolas da rede municipal estão em condições precárias de estrutura, não há corpo docente e faltam materiais de higiene pessoal, além de equipamentos de segurança individual. Veja abaixo a nota de repúdio:

 

NOTA DE REPÚDIO CONTRA DECRETO DO PREFEITO COLBERT MARTINS PARA RETORNO ÀS AULAS 100% PRESENCIAIS

A diretoria da APLB Feira repudia a ação do Prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, que publicou nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial Eletrônico (DOE) um decreto determinando o retorno 100% presencial na Rede Pública de Ensino do Município para o dia 16 de novembro sem dialogar com o Conselho Municipal de Educação, com a comunidade escolar e com a APLB Sindicato, representante legítima dos trabalhadores em educação.

O decreto também autoriza o retorno presencial em sua totalidade para as Escolas Privadas.
Fica evidente que o Prefeito não conhece a realidade da comunidade escolar, onde fica constatado que em qualquer escola pública da Rede Municipal com 100% dos alunos nas salas de aula não será possível manter o distanciamento de 1 metro entre cada aluno, o recomendado pelas autoridades sanitárias como o mínimo necessário para evitar a disseminação do vírus da covid-19.

Parte das Escolas da Rede Municipal estão precarizadas, sem condições mínimas para retorno dos estudantes, faltam mais de 400 professores na Rede, faltam funcionários, faltam estagiários, faltam materiais de higiene e os kits de segurança individual dos alunos e dos trabalhadores em educação.

Além disso, os alunos da educação básica composta por crianças menores de 12 anos, ainda não pode ser vacinado contra a covid-19 no Brasil. Nossas crianças só contam com as medidas de segurança sanitária para proteger a própria vida. Com o retorno 100% presencial, muitas escolas não terão condições de manter o distanciamento necessário em sala de aula.

Graças à vacinação e às medidas de segurança sanitária, os números de mortes decorrentes da covid e de casos graves da doença estão diminuindo. É por isso mesmo, por todo esforço que fizemos para melhorar um cenário de tamanha tristeza, que não podemos agir precipitadamente e retroceder no importante avanço que conseguimos.

A diretoria da APLB Feira junto à comunidade escolar vai lutar para garantir que seja cumprido os protocolos de biossegurança pois a defesa da vida deve ser a nossa principal luta!
 

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