Feira de Santana

APLB entra com recurso na justiça para bloquear uso de precatório pelo município

Segundo Marlede, para Feira de Santana virão 248 milhões de reais, que não foram repassados no passado.

Daniela Cardoso

A professora Merlede Oliveira, presidente da APLB-Feira, afirma que a entidade entrou com um recurso na justiça para bloquear o uso do precatório pelo município de Feira de Santana. Ela explicou que os precatórios são pagamentos para a educação, que não foram repassados em anos anteriores.

“O governo federal detectou que tem dívidas de repasses de receitas do Fundef de 97 a 2007, quando foi criado o Fundo de Manutenção para Valorização do Ensino Fundamental e repassaram a menos. Os municípios entraram na justiça e agora está saindo o pagamento, então esse ano aqui na Bahia, 54 municípios serão contemplados e Feira de Santana é um deles”, afirmou.

Segundo Marlede, para Feira de Santana virão 248 milhões de reais, que não foram repassados no passado. Ela afirmou que o sindicato detectou isso e que o município precisa repassar para os professores. A professora defende que se o dinheiro tivesse vindo para o município na época, os professores teriam sido beneficiados com melhores salários, entre outros benefícios.

“Os prefeitos precisam enviar para as Câmaras de Vereadores um projeto dizendo que 60% desses valores serão pagos aos professores, ou então as entidades sindicais, como fez a APLB, devem acionar um escritório de advocacia para bloquear essas verbas e garantir que os professores possam receber. Entre 10 a 25 de maio os recursos devem ser depositados nos cofres da prefeitura e nós já entramos com recurso para bloquear”, destacou.

Marlede disse ainda que um estudo será realizado para saber a porcentagem que cada professor terá direito a receber, de acordo com o tempo de trabalho de cada um e também com a titulação.

O secretário da Fazenda, Expedito Eloy, afirmou ao Acorda Cidade que o Tesouro Municipal ainda não recebeu os recursos do Fundef e que a prefeitura ainda não tem uma posição se pagará ou não os precatórios aos trabalhadores da educação.

“A intenção do governo é instituir uma comissão para traçar um planejamento com relação a utilização desse recurso, mas isso só deve acontecer a medida que o recurso entrar no erário público, ou havendo uma notificação do Tribunal de Justiça com relação a liberação dos recursos”, informou.

Ele destacou que existe a recomendação de que os recursos devem ser gastos única e exclusivamente com o setor da educação, o que será feito pela prefeitura de Feira de Santana. Eloy afirmou ainda que o município vai utilizar de critérios técnicos e cuidadosos para conduzir a utilização dos recursos.

Sobre a ação da APLB pedindo o bloqueio do recurso, o secretário disse que ainda não tem conhecimento do assunto.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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