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As aulas de forma semipresencial tanto para escolas públicas municipais, quanto para as particulares, em Salvador, serão retomadas nesta segunda-feira (3). A decisão causa polêmica já que alguns professores decidiram que não vão retomar às aulas sem vacinação completa da categoria.
Salvador tem aproximadamente 160 mil alunos na rede municipal e 143 mil na rede particular. Desde o dia 18 de março de 2020, as atividades presenciais foram suspensas. A partir desta segunda, as escolas estão autorizadas a reabrir, mas tem que respeitar os protocolos estabelecidos pela prefeitura.
O prefeito da capital baiana, Bruno Reis, anunciou a retomada das aulas de forma semipresencial, na sexta-feira (23). O objetivo da prefeitura é que haja um escalonamento dos estudantes e por aula, apenas 50% de uma turma poderá estar na sala. As aulas serão escalonadas no entanto, os alunos voltarão a ter contato com os professores e demais funcionários das escolas.
Apesar do início da vacinação contra a Covid-19 nos trabalhadores da Educação Básica, a partir de 40 anos, o coordenador-geral da APLB, destaca que antes de qualquer retomada das atividades é preciso que toda a categoria esteja vacinada.
O secretário municipal da educação de Salvador, Marcelo Oliveira, em entrevista a TV Bahia, disse que vai procurar entender os motivos apresentados pelos professores que não forem para a escola e tomar medidas.
“Todos esses profissionais foram convocados a retomar suas atividades presenciais e aqueles que não voltarem, a gente vai ter que entender os motivos reais, justos, que fizeram com que eles não compareçam as aulas e obviamente a gente vai ter que tomar algum tipo de providência, algum tipo de medida. Nossos alunos não podem ser prejudicados por essas circunstâncias”, disse o secretário.
Ao ser perguntado se as providências citadas seriam o corte do ponto dos professores, Marcelo Oliveira confirmou, mas disse que o momento não é de retaliações.
"Isso sem dúvida, mas em um momento de tensão, não é o momento em falar em retaliação e obrigar o professor. A gente em um primeiro momento, a gente apela para a consciência, para responsabilidade de cada um com essas crianças. Então a gente apela para que eles voltem sem que se precise tomar nenhum tipo de medida e radicalizar a reação a essa posição dos professores", afirmou o secretário de Educação.
"O nosso entendimento é que não há razão objetiva da posição de não voltar as aulas. Além deles já terem sido vacinados, o ambiente na escola está muito bem preparado e seguro para essa retomada".
A infectologista Clarissa Cerqueira dá dicas aos pais do que não esquecer antes de enviar os filhos de volta as escolas.
Uso de máscara é obrigatório;
Higienização das mãos e dos ambientes;
Distanciamento de 1,5m entre as pessoas;
Presença de metade dos alunos, em turnos e dias alternados;
Acesso com controle de fluxo;
Organização de horários de entrada e saída para evitar aglomerações;
Kits individuais pra alimentação
Retorno das aulas presenciais: o que pode?
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Maria Luiza, de 10 anos, estuda no quinto ano do ensino fundamental. Ela estuda em uma escola particular no bairro de Pernambués.
A menina se diz ansiosa para voltar à escola e que ela mesma separou o material e o uniforme. A mãe Isiane Santos diz que, diante dos protocolos, se sente segura.
Quem também está com muita saudade da escola é a Laura Silva, de 5 anos. Ela mora em Praia Grande, no subúrbio de Salvador, e faz o primeiro ano do ensino fundamental em uma escola municipal.
A mãe de Laura, Mallena Silva, é que ainda enfrenta um dilema. Em casa a filha está tendo dificuldades para ser alfabetizada e na escola tem o medo da contaminação pelo coronavírus.
Protocolos de abertura
Os protocolos estão elencados no Decreto nº 33.812 de 24 de abril de 2021. Clique aqui e confira. Além do uso de máscaras e constante higienização, entre as medidas, algumas delas são:
As áreas comuns (corredores, elevadores, banheiros, maçanetas, corrimões, relógio de ponto, portas, pisos, bibliotecas, laboratórios, parques, estacionamentos, salas de aula, salas administrativas, dentreoutras) devem ser higienizadas diariamente, ao menos duas vezes por turno, de forma regular para garantir a segurança das pessoas;
Deverá ser mantido o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas;
A utilização dos elevadores deverá ser evitada, a não ser no deslocamento de materiais/produtos, e nos casos de alunos e funcionários com dificuldades de locomoção;
Os botões externos e internos dos elevadores devem ser isolados com capa plástica ou filme de PVC, que deve ser higienizado regularmente a fim de garantir a segurança de seus usuários;
Os elevadores deverão ser utilizados observado 30% de sua capacidade máxima e com marcação no piso determinando o local onde as pessoas deverão permanecer;
Deverão ser disponibilizados dispensadores de álcool gel 70% no interior dos elevadores e/ou ao lado das portas de acesso;
As plataformas elevatórias devem ser utilizadas no máximo pelo usuário e seu acompanhante;
Deverão ser disponibilizados dispensadores de álcool gel 70% em quantidade compatível à estrutura e número de circulantes na instituição de ensino.
Fonte: G1