Na tarde de quinta-feira (10), uma informação sobre uma suposta ameaça de toque de recolher nos bairros Gabriela, Jardim Cruzeiro e Rua Nova provocou preocupação na direção do Cento Integrado de Educação Assis Chateaubriand, localizado no bairro Sobradinho, em Feira de Santana.
Boatos entre os estudantes fizeram com que a Polícia Militar mantivesse uma viatura em frente à instituição, onde já existe um módulo policial. Ao Acorda Cidade, o Major Lessa, da 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), informou que esses boatos são como fake news para causar pânico entre as pessoas (veja as notas da PM no final desta reportagem).
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A diretora do colégio, Leislyani Costa, informou que houve os boatos, mas reforçou que não houve ameaça direta aos alunos. No momento, a gestora não estava na unidade, pois está se recuperando de um problema de garganta.
“Não foi suspensa a aula. A gente ficou um pouco temeroso, com certeza, porque quando os boatos surgem, a gente sabe que pode ter, ou geralmente tem alguma procedência de verdade. Entretanto, nós recebemos o apoio da polícia, que estava o tempo todo, tanto no posto, como fazendo a circulação dentro da escola, e não teve nenhuma intercorrência que impedisse que as aulas continuassem normalmente, graças a Deus”, explicou.
Segundo a diretora, a única alteração na grade escolar foi a redução do último horário, devido à falta de água no bairro, influenciada pelas altas temperaturas.
A diretora reforçou que não houve uma ameaça real, mas sim várias postagens nas redes sociais que geraram alvoroço entre os alunos.
“Os meninos começaram a compartilhar através das redes sociais, né, alguns diálogos de conversas de WhatsApp, mas que devem ter chegado ao conhecimento da Polícia Militar e que eles foram até lá para dar esse suporte. Mas, né, não houve nada que trouxesse, que nós tivéssemos acesso, é o que eu digo assim, presencialmente, nada disso aconteceu”.
Ainda segundo a diretora, presença da polícia ajudou a tranquilizar a comunidade, que estava com medo devido às mensagens que circularam.
“Tivemos resguardo da polícia, tivemos o apoio da polícia militar, tranquilizamos a comunidade, falando que se tratava de algo que estava envolvendo ameaças que estavam na rede social. A gente não sabe se foi direcionado a alguém, mas, claro, a gente teve o temor que qualquer um teria. Nós vimos que, logo após o encerramento das aulas, depois do último horário, das 17h40, não houve tanto movimento como geralmente os meninos ficam na praça, esperando o ônibus ou conversando. Eles não ficaram, foram para casa, e o fluxo de alunos no noturno foi menor. Eu acredito que por conta disso. Mas é algo que foi tranquilizado através da nossa fala para a comunidade. Nós conversamos e a polícia também estava lá para dar o suporte”, acrescentou Leislyani.
Notas da Polícia Militar
“Entendemos que essas informações de toque de recolher têm o objetivo de trazer pânico às pessoas, muitas vezes valendo até de fake news. Nosso policiamento nos bairros que você citou se mantém reforçado através das Operações Saturação e Intensificação Tática, em razão dos homicídios que aconteceram na região da Gabriela na última semana, com o objetivo de manter a rotina das pessoas e serviços na região”, informou em nota.
A assessoria do Comando do Policiamento da Região Leste (CPR-L) também encaminhou uma nota para tranquilizar a comunidade sobre os boatos.
“A Polícia Militar da Bahia através do Comando do Policiamento da Região Leste informa que o policiamento ordinário segue conforme rotineiramente estabelecido, inclusive, com operações previstas no planejamento dos bairros Gabriela, Jardim Cruzeiro e Rua Nova a fim de coibir qualquer tipo de ação delituosa, reafirmando o compromisso de bem servir a sociedade em toda nossa localidade”, declarou o comando ao Acorda Cidade.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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