Feira de Santana

Alunos fazem protesto para denunciar abandono de colégio estadual em Feira de Santana

Segundo a professora Leileane Valverde, o colégio passa por essa situação porque não recebeu nenhuma verba em 2019.

Rachel Pinto

Atualizada às 16:40

Os alunos do Colégio Estadual Uyara Portugual, que fica localizado no Conjunto Fraternidade em Feira de Santana, realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (12) para denunciar as dificuldades enfrentadas no dia a dia escolar e problemas com relação a estrutura, falta de materiais didáticos e merenda.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo a professora Leileane Valverde, o colégio passa por essa situação porque não recebeu nenhuma verba em 2019 e as ações emergenciais que estão sendo realizadas acontecem através de um pequeno fundo de recursos economizados no ano de 2018.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Estamos priorizando as partes emergenciais. Está faltando papel ofício, piloto, livros e alguns pavilhões estão sem funcionar devido a problemas na parte elética. Os ventiladores e as tomadas não estão funcionando. A quadra também está abandonada”, afirmou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A professora informou que a escola tem cerca de 20 salas e tem um total de 1.500 alunos. O horário de aulas foi reduzido pelo motivo da falta de merenda e muitos estão sem ir a escola porque não conseguem se concentrar nem ter bom rendimento nas aulas. O calor nas salas é insuportável.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A aluna Lorena Brito relatou que a escola está funcionando com muita dificuldade e através dos esforços dos professores que muitas vezes fazem vaquinha e levam materiais de suas casas pra poder trabalhar.

“Resolvemos fazer esse protesto e parar as aulas porque está muito complicado estudar aqui”, afirmou.

O aluno Valdeci Bispo também confirmou sobre os problemas na escola e destacou que além da falta de materiais, a unidade escolar está com janelas quebradas e o mato perto das salas está muito alto.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“O mato já está da altura do muro e os professores estão sem os recursos básicos para dar aula. Aqui não funciona a sala de vídeo, o laboratório de informática, nem a biblioteca”, comentou.

Segundo os alunos, no último mês praticamente não houve aula na escola. A instituição estava sem a merenda escolar e sem energia elétrica. Eles informaram que quando a merenda ainda era servida, apresentava-se de forma muito precária. Geralmente eram servidas bolachas secas acompanhadas de suco e raras às vezes cuscuz.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Os problemas na estrutura física do prédio também já ocasionaram um curto-circuito e um pavilhão chegou a ter um princípio de incêndio. Os alunos afirmaram que a direção até chamou um eletricista para avaliar a situação e o que precisava ser feito, mas a escola não tem recursos para pagar o serviço.

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia informou ao Acorda Cidade que não procede a informação passada pela professora de que “falta de falta papel, piloto e outros materiais didáticos”. Informou também que, neste sábado (13), técnicos realizarão visita técnica para iniciar os serviços necessários para solucionar os problemas relacionados à rede elétrica e infraestrutura do prédio escolar.
 

Confira a nota de esclarecimento na íntegra:

Ao site Acorda Cidade

Em relação ao Colégio Estadual Uyara Portugal, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia esclarece que:

– Não procede a informação [da professora] de falta de falta papel, piloto e outros materiais didáticos.

– Já iniciou o repasse de recursos da alimentação escolar.

– Neste sábado (13/04), técnicos realizarão visita técnica para iniciar os serviços necessários para solucionar os problemas relacionados à rede elétrica e infraestrutura do prédio escolar.

– Quando aos livros didáticos mencionados, esclarece que se tratam de livros velhos para descarte. A direção da escola está cumprindo os trâmites para o descarte correto.

– Nas escolas públicas estaduais da Bahia o descarte, doação e/ou devolução de livros irrecuperáveis e desatualizados ocorrerem de acordo com a portaria no 359/2011, que, dentre outras coisas, estabelece que a ação só deve ocorrer após avaliação prévia pela Comissão Gestora do Descarte de Livros, da Secretaria, incluindo publicação no Diário Oficial do Estado.

– Um calendário especial será elaborado para reposição das aulas, garantindo o cumprimento dos 200 dias letivos.

Assessoria de Comunicação

Secretaria da Educação do Estado da Bahia
 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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