Mais de 18 mil alunos de cursos de educação a distância de instituições particulares e públicas sofreram preconceito por terem optado por essa modalidade de ensino, segundo levantamento da ABE-EAD (Associação Brasileira de Estudantes de Ensino a Distância), que recebe as denúncias desde 2007.
São casos de discriminação por alunos de cursos presenciais, dúvidas dos empregadores sobre a validade dos cursos — mesmo os autorizados pelo MEC (Ministério da Educação) —, dificuldades para conseguir estágio, para obter o registro profissional e fazer inscrição em concurso.
Hoje há no Brasil mais de 2,6 milhões de alunos em 1.752 cursos, segundo o Censo de Educação a Distância. No início do mês, a ABE-EAD entrou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o Conselho Nacional do Ministério Público. Por meio da resolução número 40, de maio deste ano, o órgão dizia que só diplomas de cursos presenciais seriam aceitos para o Ministério Público. A conclusão deve sair nas próximas semanas.
Além do conselho, outros órgãos veem problemas no ensino a distância. É o caso do Conselho Federal de Serviço Social, que não apoia a modalidade. A dificuldade para estágio é, segundo a presidente da entidade, Ivanete Boschetti, culpa da estrutura da educação a distância, que prioriza a "quantidade em vez da qualidade da formação": O mercado não absorve esse número de estagiários, conluiu.
Fonte: Agência Estado