Cerca de 35% dos programas de mestrados e doutorados no país foram considerados ruins ou regulares, de acordo com a avaliação trienal da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão do MEC), divulgada nesta terça-feira. Também entraram na avaliação os mestrados profissionais.
De acordo com o relatório, 2,7% dos programas (o que equivale a 75 cursos) obtiveram notas 1 ou 2, consideradas insuficientes e que provocam o descredenciamento. Outros 32% receberam nota 3, que significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade.
A avaliação é feita a cada três anos e desta vez foram avaliados 2.718 programas, englobando quase 4.100 cursos –mestrados acadêmicos e profissionais, além de doutorados. No último exame da Capes, o índice de programas com notas 1, 2 ou 3 era menor (32%).
Por outro lado, houve ligeiro aumento dos cursos com a nota mais alta possível (7), que equivale ao padrão internacional. Segundo a avaliação da Capes, 4,1% dos programas conseguiram a nota mais elevada neste ano, enquanto em 2007 esse índice ficou em 3,6%.
Na avaliação do presidente da Capes, Jorge Guimarães, o crescimento da pós-graduação no país não foi só quantitativo, mas também qualitativo. "Do ponto de vista do desempenho científico, houve melhora considerável. O Brasil vem galgando posições cada vez mais altas nos rankings internacionais", afirma.
Hoje o país é 13º do mundo em produção científica do ponto de vista da quantidade de publicações. O presidente da agência espera que em 2010 o país chegue ao 12º lugar.
Já sob no aspecto qualitativo, que leva em conta o número de citações de artigos brasileiros em publicações de todo o mundo, o país ocupa o 22º lugar entre os 30 países que dominam 98% da produção científica no mundo.
(As informações são do Folha)