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O Sebrae Bahia divulgou o relatório da 6ª edição da pesquisa “O impacto do Coronavírus nos micro e pequenos negócios”, com recorte de raça. No estado, mais de 68% dos entrevistados se declararam negros (pretos e pardos), sendo 45% mulheres e 55% homens.
A pesquisa apontou que os negros estão entre os empreendedores com menor percentual de dívidas (27,8%), em relação aos que se declararam de outras raças (branca, amarela e indígena), que somam 29,7%.
Outro ponto abordado foi a situação dos estabelecimentos durante o processo de isolamento social. O levantamento constatou um percentual praticamente similar para empreendedores de todas as raças no fechamento parcial (78%), havendo percentuais mais elevados para raça preta/parda com o fechamento total (9,7%) e sem restrições (1,9%).
O relatório mostrou ainda a mesma incidência entre todas as raças quanto à interrupção temporária (39,4%) e suaves diferenças de incidência para as demais situações, recaindo uma maior parcela para os empresários de raça negra na decisão de fechar a empresa (5,6%), enquanto as demais raças juntas somou-se 4,4%.
No que se reporta à adoção de alternativas para o enfrentamento do isolamento social e restrição de circulação de pessoas, houve um a maior prevalência de não ter condições de atuar no período entre os empresários das raças preta ou parda (40,7%). Consequentemente, os percentuais dos que estão utilizando ferramentas digitais também é mais elevado entre as demais raças (30,6%), enquanto pretos pardos chegam a 26,9%.
Enquadramento
Dentre os entrevistados, os empresários da raça negra são, em sua maioria, enquadrados como Microempreendedores Individuais (MEI), chegando a 68,5%. Os empreendedores de outras raças, neste mesmo perfil, atingiram 61,2%.
Quanto aos que declararam ter enquadramento jurídico de Microempresa (ME), os valores se invertem. O relatório mostra que há uma maior predominância das demais raças para os enquadramentos ME (27,8%) e Empresa de Pequeno Porte (EPP), com11%, enquanto os negros somam 24,5% para os ME e 6,9% para EPP.
Vendas e faturamento
As principais ferramentas utilizadas, pelos empreendedores negros, para as vendas, durante o período de isolamento social foram as redes sociais, aplicativos ou internet (WhatsApp, Facebook, Instagram, site etc.). Há uma proximidade de respostas entre todas as raças para a maioria das situações, havendo uma incidência um pouco maior para as demais raças nas opções “Sim, passei a vender por causa da crise” e “Não, são sei como se aplica ao meu negócio”.
Em referência à média mensal do faturamento nos seis meses anteriores ao início das medidas de restrições, há uma maior incidência do faturamento até R$ 6 mil/mês para os entrevistados que se declararam das raças preta ou parda (45%), enquanto nas demais raças o número atingiu 42%. Essa tendência se repete para a faixa de R$ 7 mil a R$ 15 mil: negros (10,1%) e demais raças (8,8%). Nos demais extratos acima de R$ 16 mil, prevalece uma maior participação das demais raças em detrimento à preta/parda.
A pesquisa
Realizada entre os dias 30 de maio e 2 de junho deste ano, a pesquisa ouviu 7.403 empresários brasileiros, de todos os estados e Distrito Federal, sendo 317 deles baianos.
A pesquisa levou em conta o universo de 17,2 milhões de pequenos negócios e, para cálculo estatístico, utilizou erro amostral de 1% para mais ou menos, e intervalo de confiança de 95%.
O relatório completo do recorte da pesquisa do Sebrae pode ser acessado neste link. Para mais informações e conteúdos, siga o perfil @sebraebahia nas redes sociais: Instagram, Facebook, Twitter, Youtube, Linkedin, e faça parte do canal no Telegram, que pode ser acessado pelo link t.me/sebraebahia.