O rendimento médio do trabalhador brasileiro está em alta desde 2005, mas o nível ainda está abaixo do registrado em 1998, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2008, a renda média do trabalhador foi de R$ 1.041 mensais (sem incluir a área rural da região Norte). O valor é superior aos R$ 1.024 registrados em 2007, mas ainda está 3,07% abaixo de 1998, quando era de R$ 1.074.
Considerando os dados de todo o Brasil, o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 1.036 mensais, valor 1,7% superior ao de 2007. O ritmo de crescimento da renda no ano passado foi menor do que nos anos anteriores. Em 2007, a expansão havia sido de 3,1% e, em 2006, de R$ 7,2%.
A pesquisa mostrou um Brasil com queda forte no desemprego, com a menor taxa em 12 anos e avanço na qualidade das vagas, ainda que acompanhada de um recuo pequeno na desigualdade no trabalho. Uma taxa de analfabetismo sem grandes mudanças e que ainda atinge 10% da população, ou 14,2 milhões de pessoas. Mais acesso a bens e à infraestrutura, inclusive à internet em casa. E uma população que continua envelhecendo.
O estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o mais amplo levantamento feito sobre temas como população, educação, trabalho, habitação e acesso a infraestrutura e bens no Brasil.
O brasileiro conseguiu mais acesso aos serviços de água, esgoto e lixo e tem cada vez mais bens dentro de casa. O telefone já está presente em mais de 80% dos lares e o computador, em mais de 30%. São 13,7 milhões de lares, ou 23,8%, com acesso à internet, contra 20% em 2007. Mas ainda há fortes disparidades: 18,5% das casas no Nordeste não têm geladeira, por exemplo.