Os remédios vão ficar mais caros. É o que diz a Resolução nº 1, de 23 de fevereiro, da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), publicada no Diário Oficial da União, na quarta-feira. A decisão passa a valer a partir de 31 de março, quando será publicado o índice de reajuste anual.
A notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o órgão, o valor do aumento que tem sido previsto até 4,5% não passa de uma especulação de alguns consultores, e só poderá ser confirmado após A apuração do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro, que será divulgado no início de março. O que se sabe é que o reajuste vai depender da variação da inflação relativa ao período de março de 2009 a fevereiro deste ano. Por enquanto, o acumulado do IPCA em 12 meses é de 4,59%.
Além de considerar o índice, o cálculo é feito com base em um fator de produtividade, uma parcela de fator de ajuste de preços relativos intrassetor e uma parcela similar de preços relativos entre setores. Ao todo, serão reajustados 20 mil medicamentos prescritos. Homeopáticos, fitoterápicos e outros 400 produtos vendidos sem receita médica não são regulados pela alteração.
Consumidor – A alta dos preços, que costuma ocorrer todos os anos nessa mesma época, vai pesar no bolso de gente como Rainilda Marques, 69 anos. Por mês, ela costuma gastar cerca de R$ 200 em medicamentos para pressão, colesterol, calcificação e suplementação alimentar.
É o que acontece com o Avandia 4 mg para diabetes do tipo II, cujos custos disparatados oscilam de R$ 81,95 até R$ 210,13, o que significa uma alta de 156%, mudando apenas de estabelecimento. O preço do Diclofenaco de Potássio 50 mg chega a subir mais que o dobro, passando de R$ 4,69, em uma farmácia, para R$ 10,64 em outra.
Informações do A Tarde