Redação iBahia
Está cansada (o) de ficar sempre no vermelho? Nessas horas, o ideal é evitar fazer empréstimos, manter a calma, encarar a realidade e começar a fazer um planejamento dos gastos. De acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos, que é presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), o primeiro passo é saber o tamanho real da dívida. "É preciso que se conheça primeiro a verdadeira situação financeira em que se encontra para então tomar uma atitude”.
Para te ajudar a sair dessa situação, o educador financeiro deu algumas dicas. Confira:
Faça um diagnóstico financeiro
Coloque na ponta do lápis todas as suas dívidas, priorizando as que são de serviços e produtos essenciais, que não podem ser cortados (energia elétrica, água, gás e aluguel), e as que têm os juros mais altos (cheque especial e cartões de crédito).
Crie um apontamento de gastos
Durante 30 dias, anote todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Até mesmo os “pequenos”, como aquele cafézinho ou guloseimas na padaria, que muitas vezes passam despercebidos, devem entrar na lista, pois no fim desse período você poderá perceber de que forma o seu dinheiro está sendo gasto. Com esse apontamento nas mãos fica mais fácil visualizar quais gastos podem ser reduzidos ou eliminados.
Cuidado com as negociações
Caso não tenha condições para quitar a negociação de uma dívida, não a faça, pois um passo precipitado pode piorar a situação. Portanto, apenas procure um credor quando tiver a certeza do quanto terá disponível mensalmente para pagar e assim negociar a dívida.
Analise as alternativas
Nem sempre trocar uma dívida por outra é a melhor saída. É claro que o crédito consignado, por exemplo, oferece juros mais baixos se comparados ao cheque especial e cartão de crédito, já que esse pagamento é retido diretamente do salário. E é justamente por isso que é preciso cautela, pois para quem tem dificuldade em administrar suas finanças, ter a renda mensal reduzida pode levar a novos endividamentos, entrando na famosa bola de neve financeira onde as dívidas só aumentam.
Controle a impulsividade
Antes de realizar qualquer compra, se faça algumas perguntas: “Eu realmente preciso desse produto?”, “O que ele trará de benefício para a minha vida?”, “Estou comprando por uma real necessidade ou sendo influenciado por alguma propaganda ou terceiros?” Você pode ter uma grande surpresa sobre a grande quantidade de produtos ou serviços adquiridos apenas por impulso e assim controlar os seus gastos supérfluos.
Resgate os seus sonhos
Muitas vezes é difícil encontrar forças para “dar a volta por cima”, por isso muito é importante resgatar os objetivos e sonhos que realmente importam na sua vida e que serão o principal combustível para mudar os hábitos e sair de uma situação de endividamento. Relacione no mínimo três sonhos: um de curto prazo (a ser realizado em até um ano), um de médio prazo (entre um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos), sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas.