Procon: Material escolar pode custar 400% a mais de uma loja para outra

A diferença entre pagar mais ou menos pode estar no material comum a todos os estudantes, como lápies e canetas que variam de acordo com a loja e os fornecedores.

Pesquisa realizada pelo Procon baiano em cinco lojas da capital revela diferenças superiores a cinco vezes o menor preço cobrado, a depender do item pesquisado. A coleta de preços realizada na última segunda- feira foi divulgada na quarta-feira (6) e serve de base para os pais que nesta época do ano fazem malabarismos para acomodar os custos da volta às aulas no orçamento. Alguns itens, básicos, como caneta esferográfica e lápis de cor, podem ter diferença superior a 400% de uma loja para outra.

Com os preços de livros didáticos tabelados, não adianta perder tempo fazendo cotação em livrarias. A diferença entre pagar mais ou menos pode estar no material comum a todos os estudantes, como papéis, canetas, lápis, borrachas e pastas, que variam de acordo com a loja e os fornecedores. E para achar o menor preço, ainda não inventaram arma mais eficaz: andar e pesquisar muito.

Quem ainda não tem filhos no ensino fundamental se sente aliviado por não ter que adquirir os livros didáticos, mas também sofre para conseguir atender a todos os pedidos da escola, basicamente tinta, lápis coloridos e afins. O Procon alerta que as escolas só podem pedir itens diretamente relacionados ao processo didático-pedagógico do aluno. Toner de impressora e papel higiênico, nem pensar. Listas complementares podem ser solicitadas durante o ano, mas o material excedente não deve passar de 30% do originariamente solicitado.

As escolas também não estão autorizadas a especificar a marca a ser adquirida. Mais um motivo para pesquisar antes de comprar. Produtos de qualidade semelhante podem ter grande disparidade de preço apenas pela diferença de fabricante ou do nome fantasia utilizado.

Facilidades de parcelamento podem fazer a diferença

Tudo no cartão
Nada pesa mais na compra do material escolar que os livros didáticos. E não adianta chorar, seja qual for a editora ou autor, o preço é tabelado de acordo com a série que o aluno irá cursar. Cabe ao consumidor achar a melhor maneira de encaixar o elevado custo dos livros no orçamento – uma lista completa varia de R$900 a R$ 1,5 mil . Leva vantagem a loja que oferece os maiores parcelamentos sem juros.

Grandes livrarias, como a rede Saraiva, permitem dividir as listas em até 10 vezes sem juros, a partir de R$350. Comprar numa grande rede também oferece a vantagem de poder reservar o livro mesmo à distância, em caso de uma das lojas não tê-lo em estoque. Também há a opção de comprar diretamente na escola, mas, nesse caso, esteja certo de que há disponibilidade no estoque. “Ano passado eu comprei com a escola e meu filho ficou 15 dias sem livro”, diz a advogada Ana Cristina Reis, 40 anos, que agora prefere pesquisar os preços na internet e comprar diretamente na livraria.

(Notícia publicada na edição impressa do Correio da Bahia do dia 7 de janeiro de 2010)
 

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