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Agência Brasil – Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 40% dos micro e pequenos empresários dos setores de comércio e serviços pretendem investir nos próximos três meses. Este é o maior valor da série histórica desde maio de 2015 quando esse percentual era de 30%.
Por outro lado, 44% dos empresários estão receosos com investimentos para seus negócios, aponta o estudo. Entre estes empresários, 46% afirmaram não ver necessidade e 24% entendem que o país ainda não se recuperou da crise. Outros 16% alegam que já investiram recentemente e 15% mencionam falta de recursos.
O indicador revela ainda que metade dos empresários que têm intenção de investir planejam aumentar as suas vendas pensando no período de final de ano. Destes, para 32% a principal finalidade é aumentar os estoques. Outros 26% destinarão recursos para atender ao aumento da demanda em seus estabelecimentos.
Além desses, 25% pretendem reformar a própria empresa; 22% comprar equipamentos e maquinário; 13% usar os recursos em mídia e propaganda; e 12% expandir o portfólio de produtos e serviços.
Entre os que irão investir, a sondagem revela que a maior parte vai recorrer ao capital próprio. O motivo do uso de capital próprio está ligado ao juro elevado, mencionado por 51%. Outros 20% devem recorrer a empréstimos.
Contratação de crédito
O estudo também apurou os dados do Indicador de Demanda por Crédito, que revela um aumento de 21,4 pontos para 26 pontos, em uma escala de zero a 100, na comparação com o mês anterior. Na comparação com o mês de outubro, ouve uma alta de 21% na intenção de contratar crédito.
Em termos percentuais, 17% dos micro e pequenos empresários pretendem tomar alguma modalidade de crédito nos próximos três meses, ante 10% em outubro. Já 14% não sabem ainda se contratarão e 69% não devem buscar crédito. Entre os fatores pela recusa para contrair crédito estão a manutenção de recursos próprios (59%), juros altos (29%), e insegurança em relação ao cenário econômico (15%)
Para o SPC, a volta do apetite por novos investimentos por parte dos micro e pequenos empresários representa um bom sinal, apesar de outra boa parte aguardar um cenário econômico mais definido. A entidade ressalta ainda que as altas taxas de juros, que ainda seguem elevadas apesar das quedas recentes, acabam inibindo a tomada de crédito por boa parte do empresariado. Além disso, há o fator confiança.
Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário calculados pela CNDL e pelo SPC levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior.