Organização antecipada para declaração do Imposto de Renda pode evitar contratempos

Um novo ano começou e com ele vêm novas metas, oportunidades e obrigações fiscais. Para milhões de brasileiros, o início de 2025 também significa se preparar para a declaração do Imposto de Renda. Embora o prazo de entrega comece apenas em março, a organização antecipada pode evitar dores de cabeça.

Organizar-se antecipadamente traz diversas vantagens, especialmente para quem busca praticidade e tranquilidade. Contribuintes que enviam suas declarações logo no início do prazo têm mais chances de receber a restituição nos primeiros lotes, desde que não haja inconsistência.

Além disso, antecipar o preenchimento evita surpresas desagradáveis, como erros ou omissões, garantindo tempo hábil para correções antes do prazo final e reduzindo riscos de multas ou complicações com a Receita Federal.

“Ao reunir a documentação e preencher a declaração antecipadamente, você tem uma visão mais clara de suas finanças. Isso permite identificar oportunidades de deduções legais e ajustes no seu planejamento financeiro. Deixar para enviar a declaração nos últimos dias pode gerar estresse desnecessário devido ao acúmulo de tarefas e às possíveis instabilidades no sistema da Receita”, afirma Ana Paula Borges, professora dos cursos de gestão de negócios e pedagogia e coordenadora do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal da Universidade Salvador (Unifac).

Os documentos necessários para a declaração incluem RG, CPF, comprovante de residência, além dos informes de rendimentos do trabalho e de aplicações financeiras. Também é essencial reunir recibos de despesas médicas e educacionais, bem como documentos de imóveis, veículos e extratos de previdência.

Erros que podem levar à malha fina

A professora Ana Paula Borges alerta sobre os erros na declaração que podem levar os contribuintes à malha fina. Entre os equívocos mais comuns está a digitação incorreta de números e valores, despesas incompatíveis com a renda declarada, a falta de registro de bens no patrimônio e a omissão de rendimentos.

“Quando a pessoa não informa os rendimentos recebidos ou informa um valor inferior, ou não declara o valor recebido por trabalhos temporários ou estágios, seu ou de seus dependentes, pode resultar em inconsistências no cruzamento de dados”, reforça a docente.