Economia

Movimento nos bares e restaurantes sobe 4,9% nos últimos 12 meses, diz IBGE

Expectativa do setor é manter alta no faturamento neste primeiro semestre

bares e restaurantes
Foto: Divulgação

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (10) os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços, que mede o consumo no segmento. O índice geral teve aumento de 2,8% nos últimos 12 meses (em relação aos 12 meses anteriores). O resultado teve forte contribuição do setor de alimentação fora do lar, que registrou aumento de 4,9% no mesmo período. Em relação a fevereiro do ano passado, o aumento foi de 2,2%, menor do que o registrado pelo setor em janeiro, de 3,4% (em relação a janeiro de 2024). O IBGE não divulgou o aumento do setor em fevereiro em relação ao mês anterior.

Além do bom resultado no começo de ano, as expectativas para os próximos meses são positivas. “Este ano tivemos o Carnaval em março, então pode ter havido uma recuperação no volume de serviços em relação ao nosso setor. E nos próximos meses temos a expectativa de retomar o movimento graças a datas importantes, como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, além de feriados e datas locais importantes, como o São João, no Nordeste”, diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel. A pesquisa da Abrasel em março mostrou que 71% dos empresários esperam aumentar o faturamento durante o feriado prolongado de Páscoa, em comparação com a Semana Santa do ano passado. Para a maioria (40%), o incremento deve variar entre 5% e 20%.

Além disso, medidas de estímulo econômico, como a nova modalidade de consignado privado, têm gerado otimismo no setor. O novo modelo de empréstimos injetou R$ 3,3 bilhões na economia nas duas primeiras semanas, segundo o Ministério do Trabalho. No entanto, há um receio de que esses programas não se estendam a longo prazo. “A expectativa é que o crescimento continue firme, mas precisamos estar atentos à sustentabilidade dessas medidas de estímulo”, conclui Solmucci.

Ele também destaca que o aumento no movimento dos bares e restaurantes tem sido fundamental para conter a inflação dos alimentos nos cardápios. “O aumento no movimento deu algum espaço para evitar os repasses de preços dos insumos para os cardápios. No entanto, mesmo assim as nossas margens vêm ficando mais apertadas”, explica Solmucci.

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