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O presidente da Brasil Foods (BRF), José Antonio Fay, afirmou nesta quarta-feira (13) que a fusão entre Sadia e Perdigão vai gerar ganho de eficiência à companhia, o que abrirá espaço para redução de preços dos produtos vendidos.
“Vamos ganhar eficiência ao longo do processo. Isso diminui os nossos custos, abrindo espaço para uma redução de preços”, afirmou, destacando que isso também irá depender do comportamento do consumidor.
Segundo ele, a companhia continuará oferecendo produtos e marcas para todas as classes. “Oferecemos produtos efetivamente justos do ponto de vista de preço, qualidade e marca. E isso vai continuar. Essa dinâmica não se altera", disse.
O executivo destacou que a companhia continuará com outras marcas no seu portifólio, além da Sadia, Perdigão e Batavo, inclusive "marcas de entrada". Entre as marcas que permanecerão com a BRF estão Chester, Elegê, Cotochés, Qualy, Claybom, Avipal, Sadilar e Deline.
Fay explicou, porém, que pelo acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a BRF não poderá lançar marcas novas nas categorias onde terá que abrir mão de marcas e produtos, e alienar fábricas.
Em relação às linhas de produção que ficarão ociosas por conta das restrições impostas, o executivo disse que elas deverão ser ocupadas para a demanda internacional e variações de produtos já existentes.
“O mercado vai crescer e ocupar essa ociosidade”, disse. “Exportamos para mais de 140 países e somos a terceira maior exportadora brasileira”, destacou.
Impacto de 13% na receita
Segundo a BRF, o conjunto de restrições impostas para aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão terá um impacto de cerca de R$ 3 bilhões no faturamento anual da companhia, o que corresponde a 11,6% do volume da BRF e a 13,1% da receita operacional líquida da companhia no ano de 2010.
As informações são do G1