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Um levantamento aprofundado, que mapeia a visão da população sobre os temas que impactam o Brasil. Esse é o Observatório Febraban, um novo estudo mensal lançado nesta sexta-feira, 12 de junho. “O Observatório pretende se tornar uma relevante fonte de informações sobre as perspectivas da sociedade e o potencial impacto econômico-financeiro, ouvindo a população e estimulando o debate em diversos setores”, explica o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
A iniciativa é parte de uma série de medidas da Febraban para ampliar a aproximação dos bancos com a população e a economia real, de forma cada vez mais transparente.
“Nessa primeira pesquisa, o Observatório Febraban procurou identificar como as pessoas, na retomada das atividades, estão aos poucos superando medos e incertezas, dispostas a adquirir bens e serviços, a realizar seus sonhos antigos e também os novos que surgiram durante essa experiência inimaginável”, afirma o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.
A primeira edição do novo Observatório identifica quais são as expectativas da população que possui contas em bancos para a retomada das atividades econômicas no período pós-pandemia. E revela que uma série de tendências de comportamento e consumo adotadas durante o período de isolamento social tendem a continuar no pós-Covid. O “novo normal” indica ser, dessa forma, cada vez mais normal no dia-a-dia desses brasileiros.
Entre outros dados, o estudo identificou que:
45% dos entrevistados afirmam que irão dedicar mais tempo à família e aos filhos;
30% pretendem aumentar as compras feitas via e-commerce;
28% planejam usar mais os serviços de delivery;
27% querem aumentar o trabalho na modalidade home office;
37% preveem, por outro lado, diminuir suas viagens – o que pode indicar receio de contaminação pela Covid-19.
O Observatório também mostra que existe otimismo entre a população bancarizada brasileira sobre a perspectiva de retomada financeira individual e familiar. Quase a metade – 49% – dos entrevistados acredita que suas finanças voltarão ao patamar de antes da pandemia em até 1 ano – dentre os quais 21% apostam que a retomada poderá se dar ainda mais rápida, em até seis meses.
Esses indicadores otimistas também se revelam em uma série de intenções de consumo – “uma pista de que existe uma demanda reprimida, que pode ajudar em uma recuperação mais rápida da economia”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.
A pesquisa mostra que, por exemplo:
58% dos entrevistados pretendem manter ou aumentar seu volume de compras;
60% também querem manter ou elevar seu uso do cartão de crédito;
15% planejam usar crédito bancário na compra de material de construção para reformar seu imóvel;
15% têm intenção de financiar a compra de imóveis, apontando o potencial desse mercado;
14% dizem também que irão contratar financiamento para adquirir carros e motos
O levantamento vai além e mostra que há boas perspectivas para o comércio. Existe, por exemplo, intenção de manter ou aumentar a frequência aos supermercados em 78% dos pesquisados. Outros negócios também registram intenções elevadas de continuar ou elevar a frequência, como salões de beleza (66%), comércio de rua (55%), bares e restaurantes (47%) e shoppings (47%). “Sinal que pode haver um respiro a caminho dos varejistas”, complementa Isaac Sidney.
Realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) – uma das instituições mais respeitadas do setor, com 35 anos de atuação em estudos de mercado e de opinião pública -, a primeira edição do novo Observatório Febraban ouviu amostra de mil pessoas representativa da população adulta bancarizada, de todas as regiões do País, entre os dias 1º e 3 de junho.
O primeiro resultado do Observatório está disponível no portal de notícias Febraban nos endereços: news.febraban.org.br/ e https://portal.febraban.org.br/Noticias.