A chegada do ano novo é considerada por muitas pessoas o momento perfeito para estabelecer novas metas, sejam elas profissionais, sociais ou financeiras. Só em setembro de 2024, o país registrou a marca de 72,64 milhões de endividados, conforme o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, divulgado pelo Serasa. Essa realidade chama a atenção para várias necessidades, entre elas a de educação financeira.
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Especialista em Gestão de Custos e professora da Universidade Salvador (Unifacs), Emily Góes destaca que o primeiro erro cometido pelos brasileiros em relação às suas finanças é achar que a margem financeira é fixa quando, na verdade, os ganhos podem ser fixos, mas os desembolsos nem sempre serão.
“A gente precisa fazer essa organização entendendo que há uma margem fixa e que precisa haver uma reserva de contingência, que é aquele valor que temos disponível para qualquer eventualidade”, orienta.
A docente ressalta que os imprevistos financeiros só são considerados imprevistos quando não há uma reserva organizada.
“É importante lembrar que guardar dinheiro é diferente de investir e a gente não pode achar que os dois são a mesma coisa. Portanto, existe uma reserva para imprevistos e uma reserva para investir, e elas vão depender da realidade de cada pessoa. Quando a gente não consegue fazer as duas, a prioridade é manter um dinheiro líquido disponível para imprevistos. Já os investimentos são recomendados quando há dinheiro extra para isso”, explica.
Família e planejamento financeiro
O planejamento financeiro familiar, definido como um processo para estabelecer metas financeiras levando em consideração as necessidades e circunstâncias específicas de uma família, é uma das estratégias para estabelecer uma estrutura que possibilite uma compreensão clara do orçamento de toda a família. Contudo, é preciso estar atento a algumas questões que envolvem essa prática.
“Os dois tipos de pessoas que devemos considerar, nesta situação, são: as que fazem compras e gastam recursos da família e as que moram na mesma residência e dividem recursos vitais. São essas pessoas que precisam estar inclusas no orçamento e planejamento financeiro familiar”, orienta Emily Góes.
Dicas para pôr em prática
A professora também lista uma série de recomendações fundamentais para organizar as finanças no dia a dia. São elas:
- Conheça seus hábitos financeiros: liste todas as suas receitas (salário, benefícios, extras) e despesas (fixas e variáveis) para entender onde está gastando mais do que deveria;
- Reduza gastos desnecessários: substitua marcas caras por mais econômicas sempre que possível. Evite desperdícios, como luz acesa desnecessariamente ou compras por impulso;
- Planeje-se para grandes despesas: divida compras maiores em parcelas que caibam no orçamento. Guarde com antecedência para despesas sazonais, como material escolar ou impostos anuais;
- Negocie e pesquise sempre: antes de comprar, compare preços. Peça descontos à vista ou negocie melhores condições de pagamento;
- Use ferramentas de organização: Utilize aplicativos, planilhas ou métodos simples, como papel e caneta, para organizar finanças e visualizar gastos;
- Classifique seus gastos: Separe despesas essenciais de supérfluas para evitar dívidas desnecessárias;
- Defina prioridades: Foque no que é essencial e evite gastos que comprometam seu orçamento;
- Pague dívidas estrategicamente: Use recursos extras, como o 13º salário, para quitar dívidas e reduzir juros;
- Construa um fundo emergencial: Economize pequenas quantias mensais para criar uma reserva para imprevistos;
- Invista na sua carreira: Busque capacitação profissional para melhorar seus rendimentos e expandir o orçamento.
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