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O comércio varejista baiano registrou no mês de agosto taxa positiva nas vendas de 0,1%, quando comparado a igual mês do ano de 2017. No varejo nacional o volume de vendas apresentou crescimento de 4,1%, em relação à mesma base de comparação. Na análise sazonal, a taxa do comércio varejista no estado baiano ficou estável em 0,4%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio, que é analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O moderado comportamento das vendas registrado em agosto pode ser atribuído a comemoração do Dia dos Pais verificada nesse mês. De acordo com o Indicador Serasa Experian, as vendas na semana em que se comemora essa data tiveram o melhor desempenho dos últimos seis anos. Apesar do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) ter registrado recuo de 0,4 em agosto, ao passar de 84,2 pontos para 83,8 pontos, dado a lenta recuperação do mercado de trabalho, do alto nível de incerteza com relação ao período eleitoral e o risco de aceleração da inflação levar os consumidores a realizarem os seus gastos de forma moderada.
Por atividade, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a agosto de 2017, revelam que três dos oito segmentos que compõem o Indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,1%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%). Quanto aos demais apresentaram comportamento negativo, são eles: Livros, jornais, revistas e papelaria (-23,7%); Combustíveis e lubrificantes (-16,1%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-10,1%), Tecidos, vestuário e calçados (-6,3%); e Móveis e eletrodomésticos (-1,9%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que registraram variações negativas os subgrupos de Móveis, e Eletrodomésticos, com taxas de 3,3%, e 1,3%, respectivamente. Enquanto no subgrupo de Hipermercados e supermercado a variação foi positiva em 5,8%.
Quanto aos segmentos que mais influenciaram, em agosto, o comportamento positivo das vendas na Bahia tem-se: outros artigos de uso pessoal e doméstico; Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Em contrapartida ao comportamento negativo de Combustíveis e lubrificantes. Apesar de Outros artigos de uso pessoal e doméstico ter contribuindo em igual intensidade ao segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos para um comportamento positivo da venda, ele exerceu a maior contribuição para o setor no varejo baiano em função da sua representatividade. Essa atividade foi influenciada pela comemoração do Dia dos Pais verificada no mês. Esse ramo engloba diversos segmentos como lojas de departamento, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., que comercializam, principalmente, produtos de menor valor agregado.
Em agosto, o segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que comercializa produtos de caráter de uso essencial e de estética exerceu a segunda maior influência positiva para o setor. A razão para esse movimento se explica pelo aumento da procura por medicamentos em razão às promoções e concorrência no setor. O terceiro a contribuir positivamente para o segmento das vendas no setor foi Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista. Essa atividade volta a registrar crescimento nas vendas em razão da estabilidade da massa de rendimento real e do aumento da população ocupada.
No caso do segmento de Combustíveis e lubrificantes houve elevação dos preços dos combustíveis acima da variação média de preços, comprometendo negativamente o desempenho da atividade. Assim, a elevação dos preços verificado nos dados do IPCA, variando de 4,63% em agosto de 2017 para 15,13% em agosto desse ano comprometeu fortemente as vendas desse segmento.
Comportamento do comércio varejista ampliado – O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, encontra-se estável, dado a suave variação negativa de 0,1% nas vendas, em relação a igual mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o setor registra variação positiva de 3,1%.
O segmento de veículos, motos, partes e peças registrou decréscimo nas vendas de 0,8% em relação a igual mês do ano anterior, apesar da facilidade de crédito para incentivar as vendas nesse ramo. Nos últimos 12 meses, o crescimento no volume de negócios foi de 10,0%.
Em relação ao segmento material de construção, as vendas no mês de agosto foram positivas em 0,5%, comparado ao mesmo mês do ano de 2017. Nos últimos 12 meses as vendas cresceram 5,5%. O “tímido” comportamento das vendas desse ramo de atividade pode ser atribuído a instabilidade vivenciada nesse período.