Os preços médios da gasolina e do etanol voltaram a subir nos postos do Brasil após quatro semanas seguidas de queda, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo pesquisas realizadas pela Agência, houve uma alta de 4% da gasolina e cerca de 0,79% do etanol.
O economista e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana, René Becker, explicou na manhã da sexta-feira (16) durante o Programa Acorda Cidade, o motivo dos preços estarem sempre em queda.
“O preço do combustível é tomado ainda por base na sua valorização internacional, mas houve neste governo uma alteração do Confaz em relação à cobrança do ICMS. Anteriormente o ICMS era tomado por base em alíquota e esta alíquota tinha uma oscilação entre 17 e 23% sobre a base de cálculo do tributo. Só que a partir do dia 1º de junho, esta cobrança deixou de ser cobrada em alíquota e passou a ser em um valor fixo de R$ 1,22, então isso tem um reflexo ou para cima ou para baixo”, informou.
Ainda de acordo com o economista, para que os consumidores possam entender melhor estas variações de preços, é necessário acompanhar as políticas da Petrobras que ainda importa petróleo.
“Com relação a esta alteração, o preço alterou em R$ 0,94, mas é necessário entender o seguinte neste momento, a Petrobras reduziu o preço do combustível, da gasolina em R$ 0,12, mas isso não vai se repetir no preço da mesma proporcionalidade, ou seja, espera-se que esta variação seja em torno de R$ 0,04 até R$ 0,08. É um fato complexo, mas é importante que possamos nos atentar aos seguintes aspectos do combustível que sempre vai ter alteração, independente da política adotada pela Petrobras, porque ela ainda importa petróleo e o preço do petróleo internacional vem caindo, hoje está em cerca de 79 dólares o barril”, disse.
Ouça a entrevista completa aqui:
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