Economia

Aumento no preço de medicamentos já é percebido em farmácias de Feira de Santana

Fim da isenção de impostos, aumento do ICMS e o reajuste abusivo por algumas empresas são a causa dos reajustes.

medicamentos ft Ney Silva Acorda Cidade1
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Após o anúncio do vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmando que o governo poderá rever a isenção de tributos sobre medicamentos, concedida durante a pandemia da Covid-19, os aumentos nas farmácias já estão entrando em vigor. Este ano, o estado já havia permitido um reajuste de 5,6% que não agradou aos consumidores. 

A farmacêutica Edilene Gomes disse ao Acorda Cidade, que o aumento já é perceptível nas farmácias e que os clientes estão pesquisando para não sair ainda mais no prejuízo. 

farmacêutica Edilene Gomes ft Ney Silva Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Alguns medicamentos, algumas classes, medicamentos de uso contínuo, anti-inflamatórios também e alguns laboratórios específicos. Os impostos estavam zerados no período da pandemia e os governo resolveram retirar porque estava valendo devido a pandemia.” 

Segundo ela, o aumento está variando em torno de R$15 a R$20 reais, a depender do tipo de medicação e os consumidores já estão sentindo a diferença no bolso. “Teve um aumentozinho absurdo e eles estão reclamando bastante, querendo substituir os medicamentos, alguns não querem tomar, mas é importante, porque não pode haver interrupção, muitos são para hipertensão, diabetes, colesterol e não tem para onde correr, tem tomar”, explicou. 

O presidente da Associação de Defesa do Consumidor do Estado da Bahia, Magno Felzemburg , disse ao Acorda Cidade que o governo limitou o reajuste dos medicamentos em 5,6%, que é um percentual máximo sobre o reajuste no ano de 2023, feito pela Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (Cmed), ligado ao governo federal e a vigilância sanitária. Ele questiona o motivo que nas farmácias o reajuste está chegando a 50%. 

presidente da Associação de Defesa do Consumidor do Estado da Bahia, Magno Felsenburg ft Ney Silva Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Porque o que se observa nas pesquisas que foram feitas do mês de julho a agosto, a empresa Precifica encontrou um reajuste de um mês para o outro de 15%. Então, eu adquiri remédio para tireóide por exemplo, que é um remédio contínuo eu comprei de R$11 reais foi para R$17, o probiótico infantil, subiu de R$ 95 para R$ 150 reais e tem farmácia que vende a R$ 250 reais. Porque o governo determina um índice de 5,6% e você tem um reajuste que chega até 100% no ano. O governo nesse percentual de reajuste é como se fosse uma fake news, ele diz que sobre o preço de pauta do medicamento. É um preço que está dentro do governo e lá ele custa R$ 500 reais, mas aqui custa R$ 100 ”, disse. 

Segundo o presidente, o reajuste é observado em todas as redes, de grandes e pequenos porte, porque esse reajuste que o governo precifica, não tem valor e precisa ser regulamentado de forma mais eficaz. Ele deu dicas para fugir da alta. 

“O preço pauta chega a ser 300%, 500%, 1000% acima do preço que é vendido na farmácia, então a orientação que eu dou aos consumidores é pesquisar em várias farmácias, existem laboratórios que faz cadastro para adquirir com um valor menor, tem medicamentos vendidos pelo aplicativo da farmácia mais em conta”, pontuou. 

Além disso, Magno reforça que uma solução a longo prazo seria a aprovação da PL 5591/2020, proposta do senador Fabiano Contarato, que define normas de regulação para o setor farmacêutico.

medicamentos ft Ney Silva Acorda Cidade1
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Em entrevista, Magno disse que o aumento nas farmácias é refletido pelo aumento da alíquota do governo pelo ICMS, a redução de isenção pelo governo federal e a prática abusiva de reajustes mensais sem nenhum tipo de controle pelo estado federal. 

“Esse projeto é um dos que trata justamente para que haja efetivação da regulação do preço do medicamento no Brasil. Infelizmente o governo da Bahia aumentou o percentual do imposto do índice do ICMS sobre os medicamentos, porque existia uma isenção e vários governos retiraram, assim como o governo federal já está retirando vários remédios do período da covid, porque são produtos importados”, afirmou. 

Muitos consumidores já estão sendo afetados, principalmente os idosos e pessoas com problemas crônicos que fazem uso contínuo das medicações. 

“Enquanto o governo ficar dizendo que é um reajuste de 5,6%, porque só esse ano já tivemos mais 50% e o governo diz que o máximo permitido é de 5,6%, então precisa acabar com essa informação ilusória que é colocado para sociedade como se fosse verdade, sendo que esse percentual é sobre a tabela do governo e não é o preço que é vendido para o consumidor no final”, reforçou. 

Cobrar das autoridades do país é um dos passos que a população deve tomar. São medidas políticas que devem ser revistas a nível nacional, explicou Magno.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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Fernando

Cadê as petezadas kkkkkk sumiu tudo…

Tudo com amor não dói

Cadê a galera do amor…o importante era tira o Bozo…

João Bastos

Façam o L pois o “amor” venceu. Que Deus tenha misericórdia do povo brasileiro.

Povo imbecil

Os manés acharam que o L era o melhor kkkkkkk tudo caro e continua subindo, faz o L lá que te dão o desconto

Drica

Sobre a PL, achei que foi sem lógica até porque quem não declara imposto de renda é a maioria da população que ganha apenas 1 salário mínimo. Esse projeto do ator pornográfico não beneficia pessoas de baixa renda. Sobre aumento dos impostos faz o L.

Lule

Calma meu povo, é que precisamos desse dinheiro para lutar pelas causas de vocês. Aquele genocida foi que colocou tirou esse imposto, mas já voltamos com esse assim também como o Sindical, como os dos combustíveis e tantos outros. O povo quer rir? Então tem que fazer rir também kkk

CARLOS ALBERTO SOUZA SANTOS

Temos que manter a gataria e os ratos “Políticos”.

A f b

Um almentuzinho absurdo imagine,sei n viu mim deixe.

Natanael da Silva Andrade

Faz o “L”