Os principais impactos no dia a dia da população são os preços da alimentação e de habitação, esta última puxada pela tarifa de energia elétrica. As altas nesses índices foram de 0,44% e 1,8%, respectivamente.
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A alta na energia, de 5,36% em relação a agosto, está relacionado à tarifa com bandeira vermelha (R$ 4,463 para cada 00 kWh consumidos) durante o mês de setembro e que avança agora em outubro para o chamado patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh).
Já em termos de alimentação, que subiu 0,5% no geral e 0,56% quando considerada a alimentação em domicílio, o principal impacto foi do preço da carne: 2,97%, seguido pelo das frutas (2,79%).
“Voltamos para um território positivo depois de algumas leituras baixas. Eu destacaria a contribuição de carnes: a gente viu uma alta bastante expressiva do preço do boi e isso já começa a aparecer no varejo. O preço da carne de porco também vem em uma toada forte, essa dinâmica do preço dos bois acaba puxando os substitutos”, explica o economista Alexandre Maluf, economista da XP Investimentos.
Segundo Maluf, o Copom deve elevar a Selic em 0,50 ponto percentual nas duas próximas reuniões (em novembro e dezembro) e aplicar um ajuste adicional de 25 pontos base em janeiro. No momento, ressalta o economista, o risco é alta ainda maior.
“A projeção para a inflação está mantida em 4,6% para 2024, desacelerando um pouco, para 4,1%, em 2025”, projeta o economista.
Para Larissa Falcão, líder regional do Nordeste da XP, os consumidores já estão sentindo os efeitos dessa alta nos preços de alguns alimentos como carne e frutas e terão que, para economizar, substituir esses alimentos.
“Fica o desafio para as famílias que deverão buscar substituições no momento das compras no varejo e adotar práticas de economia de energia para as próximas semanas, já que a previsão é de avanço da bandeira vermelha de consumo para o chamado patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh) em outubro”, avalia Larissa Falcão.
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