A partir de novembro, os trabalhadores registrados começam a receber a primeira parcela do 13º salário, e essa é uma boa oportunidade para se organizar financeiramente. Especialistas recomendam planejar o destino do dinheiro extra, colocar as contas em dia antes do fim do ano e começar 2025 sem dívidas.
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De acordo com a pesquisa “Panorama Político 2024 — Apostas esportivas, golpes digitais e endividamento”, produzido pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, 32% dos entrevistados declararam ter alguma dívida em atraso há mais de 90 dias. O estudo revelou também que o perfil dos mais endividados é de mulheres (54%), chefes de família e com renda de até R$ 2.824.
O problema se agrava porque, das pessoas que disseram possuir débitos pendentes, 38% são os únicos responsáveis pela família e a moradia. Quase 70% ganham até dois salários mínimos e 40% moram com cinco pessoas ou mais na mesma residência.
O CEO da iCred, Túlio Matos, explica que o 13º salário deve ser aproveitado para o pagamento de dívidas ou, se possível, o pontapé de uma reserva de emergência. “Quem tem pagamentos em atraso deve priorizar aqueles que apresentam os juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, para evitar comprometimento do orçamento no futuro. Quem não tem débitos pode separar uma parte para começar a poupar ou investir”, diz.
O especialista recomenda que o ‘salário extra’ seja reservado também para os gastos com as festas de fim de ano, sem se esquecer das contas de janeiro, como IPVA, IPTU e gastos escolares. “É possível pagar antecipadamente essas contas e evitar atrasos. O importante é usar o 13º de forma estratégica, priorizando a estabilidade financeira e o planejamento para o futuro”, finaliza.
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